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Nota: a lei citada abaixo pretende proibir o sujeito de beber dentro dos transportes públicos, e não antes de entrar neles. Menos mal. Mas é bom ficar de olho, pois se deixar, essa gente proíbe tudo!

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O “super-babá” Michael Bloomberg foi um dos prefeitos mais paternalistas de Nova York. Declarou guerra ao cigarro, aos alimentos gordurosos, às bebidas calóricas. O banimento de refrigerantes grandes só não foi adiante porque foi considerado inconstitucional, algo que ainda acontece por lá.

Mas o clima criado foi tão propício aos paternalistas, que até o McDonald’s corre risco. Algumas autoridades alegam que o sanduíche é mais perigoso do que muitas drogas ilícitas. Como não pode ser dito o suficiente, é preciso sempre repetir: nada mais perigoso para nossas liberdades do que o “fascismo do bem”. Esses “ungidos” são incansáveis no trabalho de “nos proteger” de nós mesmos.

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Para não ficar atrás, a Alerj aprovou uma lei que, para ser estúpida e absurda, precisaria melhorar muito. Trata-se da extensão da já radical Lei Seca dos motoristas para passageiros de transporte coletivo. Isso mesmo. Sei que demora um tanto para cair a ficha, mas você leu direito. O sujeito que apenas pega um metrô ou um ônibus também não poderá mais beber, se a lei for sancionada pelo governador Sérgio Cabral:

Proposto pelo deputado estadual Rosenverg Reis (PMDB), correligionário de Cabral, o projeto causou polêmica na Alerj. Foram 30 votos favoráveis, 16 contrários e duas abstenções. No plenário, parlamentares que votaram contra falaram em dificuldades de fiscalização e em violação da liberdade individual do cidadão.

Eis a justificativa do ungido autoritário:

Se é proibido fumar nesses espaços, por que não uma lei como essa? As pessoas que bebem nesses veículos incomodam os outros passageiros, levam garrafas de vidro que podem quebrar e ferir alguém. Acaba trazendo um risco, e o objetivo é proteger o cidadão.

O bom senso ficou a cargo de Comte Bittencourt, do PPS:

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A proposta extrapola na intervenção do Estado na vida da população. Muitas vezes, a pessoa aluga uma van ou um ônibus justamente para poder beber enquanto se desloca. Espero que o governador vete.

A pessoa não pode mais beber um chope ou uma taça de vinho e voltar dirigindo, o que já é absurdo. Mas agora querem que ele não possa mais voltar de metrô, ônibus ou trem. Ou seja: para beber, tem que voltar andando ou de táxi! Fica até parecendo lobby de taxista isso, não é mesmo?

O fato é que ninguém aguenta mais ser tratado como mentecapto, como uma criança incapaz, que precisa da tutela estatal para tudo, até para respirar daqui a pouco. Esse é o caminho certo da escravidão. Precisamos de muito mais liberdade, e cobrar responsabilidade dos cidadãos conscientes. Ou seja, ampla liberdade, e punição severa para os delitos. Assim deveria ser uma sociedade avançada…