Confesso não ficar muito comovido com protestos feministas no Ocidente, daquelas moças com os peitos de fora jogando água em cardeais ou invadindo desfiles de moda. Acho tudo muito cômodo. Também sou da opinião de que feminismo, quase sempre, é pretexto para mulheres que, no fundo, odeiam homens acima de tudo.
Dito isso, posso respeitar movimentos feministas verdadeiros e corajosos, como aqueles que tentam, vejam só!, obter progressos legítimos em países como a Arábia Saudita. Desafiar o machismo retrógrado dos fanáticos islâmicos, isso sim é algo que demanda “culhão”, ainda que simbolicamente falando.
Pois é que o tem feito essa blogueira, que vem desafiando a lei que impede mulheres de dirigir no país. Foi presa por esse terrível crime, que é uma mulher atrás do volante. Mas insiste e tem esperança de que a coisa vá mudar um dia. Desejo sucesso a ela nessa ousada e perigosa missão.
Infelizmente, ela não vai encontrar muito apoio na esquerda ocidental. É que as bandeiras de minorias vitimizadas entram em curto circuito, e ficam sem saber se defendem o ponto de vista da “minoria” feminina por lá, ou o próprio Islã, para confrontar o cristianismo ocidental.
Afinal, é politicamente incorreto constatar que certas culturas avançaram mais que outras. São “apenas diferentes”, cada uma a sua maneira. Quem somos nós para dizer que é atrasada e inferior uma cultura que nem mesmo reconhece o direito básico de igualdade dos sexos no trânsito, não é mesmo?
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