Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) somaram R$ 102 bilhões entre janeiro e julho deste ano, com aumento de 50% na comparação com mesmo período de 2012. A totalidade dos setores apoiados pelo Banco teve desempenho positivo, com valores de liberações bem distribuídos entre indústria, infraestrutura, comércio e serviços e agropecuária.
Uma análise de mais longo prazo do desempenho do BNDES permite observar com maior nitidez a tendência dos investimentos no país. Nos últimos 12 meses encerrados em julho, o Banco registrou desembolso recorde de R$ 190,2 bilhões, sendo que mais de 60% desse valor foi destinado aos setores da indústria e infraestrutura.
Ao que parece, quanto mais o BNDES é criticado pelos economistas, mais ele insiste em sua trajetória preocupante. Seu presidente, Luciano Coutinho, acredita no modelo desenvolvimentista não é de hoje. Para ser mais preciso, é desde a Lei da Informática.
Uma empresa pequena administrar um crescimento de 50% em um ano já é um desafio e tanto. Agora imagina um banco do tamanho do BNDES tendo que gerir desembolsos na casa dos R$ 200 bilhões, por ano! E crescendo a uma taxa de 50%. Pode ter a mesma qualidade a carteira?
O governo não consegue criar um ambiente favorável aos investimentos privados, e tampouco ele próprio consegue investir (vai tudo para gastos correntes, transferências, e corrupção). O que ele faz? Abre a torneira do BNDES e solta a verba!
Só tem um detalhe: apesar de essa montanha de recursos ter sido destinada aos clientes nos últimos anos, a economia continua patinando, a infraestrutura segue capenga, e a inflação fica em patamar elevado. Receita de sucesso? Só na cabeça de petistas.
Talvez eles pensem que o problema é pouco estímulo! Se ao menos tivessem colocado mais alguns bilhões na EBX, grupo de Eike Batista…