![BNDES quer mais R$ 30 bilhões do Tesouro. A Bolsa Empresário precisa continuar! BNDES quer mais R$ 30 bilhões do Tesouro. A Bolsa Empresário precisa continuar!](https://media.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/2013/08/arte29bra-101-dfbndes-a3-ab22ccde.jpg)
Até aqui sabemos qual vertente tem sido a vencedora. O BNDES, que tinha desembolsos abaixo de R$ 40 bilhões quando o PT assumiu o governo, deve chegar a quase R$ 200 bilhões esse ano. A desculpa tem sido a mesma: estimular os investimentos. Mas os resultados…
Na prática, essa montanha de recursos tem servido para a “seleção dos campeões nacionais”, sendo que nem sempre isso se traduz em bons investimentos produtivos, como foi o caso da EBX de Eike Batista. O presidente do banco, Luciano Coutinho, defende essa mentalidade nacional-desenvolvimentista de longa data, desde os tempos da “Lei da Informática”.
Tem mais: como a taxa do BNDES é altamente subsidiada, abaixo até da inflação, há casos de grupos que pegam o financiamento, mas não investem tudo. O dinheiro fica em títulos do governo rendendo muito mais, o dobro pelo menos.
O carrego é um ganho certo e fácil para essas empresas. Traduzindo em linguagem mais clara: o BNDES se transforma em instrumento de transferência de recursos dos pobres pagadores de impostos para os ricos empresários próximos do governo.
O aumento de capital do BNDES vem sendo feito desde 2009 com a emissão de títulos públicos. Segundo balanço divulgado pelo banco, o Tesouro Nacional repassou R$ 300 bilhões para reforçar a capacidade de empréstimos do BNDES desde então. Mas eis a “malandragem”:
Essas operações não aumentam a dívida líquida do governo federal. Quando emite títulos em favor do BNDES o Tesouro o faz vinculado a um contrato conhecido com instrumento híbrido de capital e dívida que é basicamente um empréstimo sem data de vencimento. Dessa forma, a contabilidade do governo registra um aumento do endividamento que é cancelado por um crédito que o Tesouro tem junto ao BNDES.
O efeito é captado apenas na dívida bruta, que não considera os haveres que a União tem a receber. Os indicadores mostram que a dívida bruta que em 2010 equivalia a 53,4% do PIB chegou a junho desse ano em 59,3%. Essa é a “contabilidade criativa” do governo, que de criativa não tem nada, apesar de a equipe econômica pensar ter descoberto a fórmula mágica do crescimento perpétuo sem esforço.
Tudo isso é absurdo, ineficiente, perigoso. Como se não bastasse, circulam rumores no mercado de que o BNDES tem sido um agressivo vendedor de dólares no mercado futuro, para ajudar o governo a segurar a nossa moeda, sob pressão de desvalorização. Sendo verdade, trata-se de uma temeridade!
O funcionamento da economia brasileira tem sido vítima de excesso de intervenção estatal. Isso nunca funcionou, em lugar algum do mundo, e também no Brasil. Está na hora de dar um basta a essa farra. Do PT é que não podemos esperar bom senso quanto a isso. Mostrou-se totalmente incapaz de focar nas próximas gerações, em vez de nas próximas eleições.
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS
Deixe sua opinião