Na série “Brasileiro é otário?” de hoje, falaremos do setor de informática. Se alguns podem alegar que carro importado é luxo, o que não derruba o absurdo da diferença de preços, no caso de computadores não há como escapar por essa via. Estamos falando de setor cada vez mais importante para a produtividade das empresas na era da informação. É insumo básico praticamente.
E como custa mais caro para nossas empresas e indivíduos! O tema é pessoal, pois acabei de trocar meu desktop do escritório, para poder escrever esses textos de forma mais eficiente e agradável. Comprei justamente o computador cujo preço vamos comparar agora. Nem preciso dizer como fico revoltado com essa discrepância entre os preços.
Primeiro, no eBay:
Agora, no Mercado Livre:
É verdade que não são exatamente o mesmo, pela diferença de capacidade da memória. Mas mesmo fazendo os ajustes, e já considerando o desconto que eu consegui negociar na loja, o “brinquedo”, instrumento fundamental de trabalho para muitos, não sai por menos de R$ 5.500. Nos States, mesmo já considerando uma taxa de câmbio de R$ 2,40, fica pouco mais de R$ 3.500. Ou seja, aqui é quase 60% mais caro!
Aquilo que não se vê: se eu tivesse economizado essa grana, qual teria sido seu destino? Talvez pudesse gastar em uma viagem pelo Brasil, ajudando o setor de turismo. Talvez comprasse outro produto qualquer, que gera também empregos. Enfim, teria dado algum destino qualquer a esse dinheiro, sem dúvida bem mais produtivo e eficiente do que ir parar nos cofres públicos para servir ao assistencialismo, obras inúteis e superfaturadas ou sustentar marajá.
E isso, não custa lembrar, depois que Collor abriu nossa fronteira. Porque antes tínhamos até Lei da Informática, aquela maldita proteção de mercado para estimular produtores nacionais, como a Cobra (que faliu e foi parar no Banco do Brasil). Sabem quem era entusiasta disso desde então? Luciano Coutinho!
O mesmo que hoje preside o BNDES, banco responsável pela seleção dos “campeões nacionais” que receberão bilhões subsidiados do governo, ou seja, a Bolsa Empresário. O nacionalismo protecionista, ontem e hoje, sempre serviu para beneficiar poucos “amigos do rei” à custa do povo todo. Certas coisas não mudam…
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