Em sua coluna de hoje na Folha, Alexandre Schwartsman começa expondo as promessas sempre irrealistas do ministro Guido Mantega, que invariavelmente erra para cima (muito para cima) suas projeções de crescimento econômico. O ministro, simbolizando todo o governo Dilma, seria imune a qualquer aprendizado com a experiência. O resultado medíocre não faz tocar os sinos da humildade na equipe econômica, sempre disposta a repetir as ladainhas do passado. Não reconhece que é o modelo que está equivocado.
Agindo assim, o governo Dilma se recusa a alterar os rumos da política econômica na magnitude necessária. Ensaia alguns passos tímidos de “mudança”, mais para inglês ver do que qualquer outra coisa. Espera enganar os mercados uma vez mais, ganhar tempo, levar os investidores no gogó, sem ter que assumir o fardo de seus erros. Não vai dar certo. Não é mais possível empurrar com a barriga, pois os problemas se acumularam de tal forma que somente grandes mudanças poderiam tirar nossa economia da mediocridade total.
Schwartsman conclui:
Ou seja, ou mudamos a equipe econômica toda, inclusive a líder, ou estaremos condenados a “pibinhos” com alta inflação. Esperar que esse governo seja capaz de resolver os problemas que ele mesmo criou é apostar no impossível, deixar o otimismo emocional falar mais alto do que a razão, mostrar-se também imune ao aprendizado pela experiência.
Rodrigo Constantino
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