O que falar? A melhor arma contra um esquerdista é deixá-lo falar livremente, expressar-se. Deles já espero o pior. Mas confesso que Gregorio Duvivier consegue me surpreender. Por essa eu não esperava! O “humorista”, “poeta”, “polemista” e sei lá mais o quê está na Serafina da Folha este domingo, para o embrulho dominical de muitos leitores. Postei o seguinte comentário em minha página do Facebook antes de ler a entrevista, apenas pela foto em destaque, que compartilhei, por sadismo puro, com meus leitores:
Meu Deus! Quando vc acha que a esquerda não tem mais como afundar, vem o novo ícone dos “progressistas” e faz isso na capa da Folha! É muito constrangedor. Dá vergonha alheia. O que essa gente não faz para aparecer? Antigamente era só pendurar uma melancia no pescoço, mas isso já é demais da conta. É o que dá não se garantir no intelecto: precisa apelar. E na descrição, tem de tudo, menos a única coisa verdadeira: “intelectual” medíocre e carente a soldo do Banco do Brasil, ou seja, do governo (o que captura bem a metáfora do rei nu). Acho que o pobre rapaz perdeu o rumo de vez com a separação. Faz alguma coisa, Clarice!
Fonte. FolhaOs comentários dos meus leitores são hilários. Mas depois fiquei sabendo que fui mencionado na entrevista. Ó, céus! O rapaz está carente mesmo. E é arrogante ainda por cima: citou-me dizendo que não me cita porque tenho menos fãs que ele! Vejam:
Não se considera acima da crítica?
[risos] Jamais! Cara, eu tenho comentaristas da minha coluna. Esses dias eu olhei só por diversão as tags [sistema de busca em um site]. No Rodrigo Constantino [colunista da revista “Veja”], por exemplo, agora tem uma tag com o nome “Gregorio Duvivier”, em que você clica e aparecem tipo umas 120 menções ao meu nome. Dá pra fazer um novo “Esquerda Caviar” [livro de Constantino, editora Record] só com textos em que ele cita o meu nome, cara!
Então, Gregorio, você acha que o seu trabalho é digno de crítica?
Huhumm, de crítica?
Você tem crítica ao Constantino, então? Ajuda minha manchetinha aí? (risos)
[risos] Como é mesmo? “Vamos batalhar a manchete?” [risos, percebendo a brincadeira da esquete]. Críticas ao Constantino [risos]. O Millôr dizia uma coisa boa: “Você nunca pode amplificar a voz dos imbecis” [risos]. Então, eu tento bater em quem tem mais alcance que eu. Tipo o [pastor Silas] Malafaia, o [pastor e deputado Marcos] Feliciano. Tento não me dirigir a um pessoal que está falando com menos gente, vamos dizer assim.
Agradeço pela propaganda gratuita de Esquerda Caviar, mas não posso retribuir, pois não conheço nenhum livro do Greg, nem de “poesias”. O pobre rapaz não percebe que é conhecido pelo Porta dos Fundos, não por seu intelecto. Mas deixa pra lá. Ele não me rebate para não dar audiência a “imbecis” com menos audiência; já eu o cito bastante sim, pois não há nada melhor para expor os “progressistas” do que um ícone desses, não é mesmo?
Senti uma pontada de inveja do garoto por não ter sido incluído no livro, e um desejo oculto de fazer parte de uma eventual próxima edição. Desejo anotado. Sou um sujeito altruísta, abnegado, ao contrário da esquerda caviar egoísta, e quem sabe eu não possa atendê-lo? Até lá, prometo continuar dando alguma atenção ao pobre coitado carente e desamparado, que, como podemos ver, faz mesmo de tudo para continuar aparecendo nos holofotes…
Rodrigo Constantino
