Gustavo Franco, em sua fala no evento do Ibmec, citou duas coisas que têm tirado seu sono: o ataque à meritocracia, e a crença de que os recursos caem do céu, como um maná. Esse tipo de mentalidade anticapitalista tem prejudicado bastante a economia brasileira.
Muitos querem apenas fazer concurso público e garantir empregos, sem se importar com a execução de suas funções, uma vez que o mérito não tem sido valorizado. Do ponto de vista do empresário, o modelo acaba incentivando pouco investimento em produtividade, que é o coração do desenvolvimento econômico. Todos querem alguma vantagem do governo.
Outro ponto importante é o que Gustavo Franco chamou de “saque contra o futuro”. Nossa dívida bruta, que é a que importa, já está perto de 70% do PIB! As autoridades têm investido de forma vexatória em malabarismos que não enganam ninguém. Esse endividamento é mais que o dobro da média dos países emergentes, que fica na casa dos 30% do PIB. Isso significa uma hipoteca contra as próximas gerações.
Mas quem dera fosse só isso! Existem as dívidas não reconhecidas. Franco cita como exemplo a “conta petróleo”, que está de volta, mascarando dívida do governo federal, ainda que de forma mais oculta. Muito disso não está incorporado na dívida pública oficial, e são valores enormes.
As obrigações previdenciárias são outro passivo não reconhecido nas contas públicas. Ainda não se constitui como endividamento, mas poderá ser mortal à frente. Será que as autoridades não estão vendo nada disso? A sensação, para Gustavo Franco, é de que não estão vendo.
Basta ver o sonho com o pré-sal, que iria jorrar do oceano e pagar todas as nossas contas. E ainda usam esses recursos para fazer show da Ivete Sangalo!
O Brasil está se tornando um país muito anticapitalista, e isso é preocupante. Gustavo Franco espera que isso possa ser revertido logo de uma vez.
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS