Para o filósofo Henri Bergson, o riso não pode ser bondoso. Sua função é “intimidar humilhando”. Lembrei disso ao reler os deliciosos textos de Guilherme Fiuza reunidos no livro “Não é a mamãe”, que será lançado pela Record nesta quinta, às 19h na Travessa do Leblon.
Sua marca registrada é o sarcasmo diante do inacreditável: a passividade da opinião pública frente aos inesgotáveis escândalos do governo petista. Acreditou-se até mesmo nos mitos da “faxineira ética” e da “gerentona eficiente”.
Nunca antes na história deste país se roubou tanto, avançou-se tanto sobre o Estado como se fosse uma “cosa nostra”. Tudo protegido pela narrativa dos “oprimidos do bem”. O “governo popular” das “minorias” — o operário e a mulher — goza de um salvo-conduto para praticar todo tipo de “malfeito”. A imprensa “burguesa e golpista” não tem nada com isso, e deveria parar com essa mania chata de se meter em assuntos “privados” dos governantes.
O humor ácido de Fiuza é um soco na cara de um povo sonolento, hipnotizado pela repetição incansável de slogans vazios e chavões ridículos. Seu principal alvo nem é o PT com suas falcatruas, mas sim os eleitores com sua negligência.
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Rodrigo Constantino
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