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Deu no GLOBO: Ministro de Cuba nega negócio e diz que acordo com Brasil é cooperação

O Ministro da Saúde de Cuba, Roberto Ojeda, reconheceu nesta segunda-feira a diferença de tratamento dos profissionais cubanos e dos demais intercambistas do programa Mais Médicos no Brasil. Ojeda invocou o “princípio do internacionalismo proletário”, para justificar o fato de não ser permitido a contratação individual profissionais de Cuba. Ele disse ainda que, para o governo cubano, a prioridade é a saúde da população do país, mas que há médicos em quantidade suficiente para missões internacionais.

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Ojeda está em Recife para participa do Terceiro Fórum Global de Recursos Humanos em Saúde e visitou nesta segunda-feira um posto do Programa de Saúde da Família em companhia do Ministro Alexandre Padilha. Ao referir-se às limitações impostas aos profissionais do seu país que, ao contrário dos demais intercambistas, não podem trazer as famílias para o Brasil, ele explicou:

– Esses são médicos que têm um emprego em Cuba, um local de trabalho e famílias. Eles desfrutam de educação, atendimento de saúde e seguro social gratuitos. Quando eles retornam, se ocupam de suas famílias. Mas enquanto isso não acontece, o Ministério da Saúde e o governo de Cuba dão assistência e estão prontos a resolver qualquer problema que surja durante a missão internacional. Por isso, não falamos em exportação de serviços, mas de colaboração e de integração. Como disse o líder histórico da nossa revolução, Fidel Castro, só se pode salvar a humanidade da morte com paz e colaboração. O que fazemos, é colaboração – justificou o ministro, sem citar os valores que os cubanos estão recebendo em reais.

É a cara de pau elevada a enésima potência! Quem pode levar a sério uma “justificativa” dessas? Bem que a jornalista Letícia Lins poderia ter “apertado” mais o entrevistado, não é mesmo? Faltaram perguntas mais objetivas e diretas, do tipo:

– Então quer dizer que, por receberem saúde e seguro social gratuitos, esses profissionais podem ser tratados como propriedade do governo cubano?

– Você sabia que há saúde gratuita em vários outros países, e que nem por isso os cidadãos são tratados como gado bovino pertencente ao governo?

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– Como você tem a cara de pau de usar Fidel Castro e paz na mesma frase, se um é o oposto do outro, e tudo que Fidel trouxe ao mundo foi terror e violência?

– Como uma ilha com pouco mais de 10 milhões de habitantes e estado precário da saúde pública, com falta de remédios básicos e leitos abandonados nos hospitais, consegue mandar tantos milhares de médicos mundo afora?

– Se tal ato é colaboração e integração, por que o governo cubano cobra o mesmíssimo valor que outros médicos, só que abocanha quase tudo do total, deixando migalhas para os trabalhadores? Essa mais-valia estatal é o que o senhor chama de “colaboração” no socialismo?

Mas acredito que tanto a jornalista não faria tais perguntas, como o ministro sem dívida não as responderia, e depois ainda colocaria a repórter na listra negra do regime, que tem cada vez mais influência no governo brasileiro…

 

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