Centenas de mortos na Palestina com a presença terrestre de Israel na Faixa de Gaza, após os terroristas do Hamas ignorarem a trégua. Quem pode defender Israel quando imagens de inocentes mortos em seus ataques ganham as páginas de todos os jornais e as telas das TVs mundo afora?
Luiz Felipe Pondé, em sua coluna de hoje, toca em um ponto fundamental para esse debate: o marketing geopolítico. Israel está preocupado em proteger sua população, sempre sob a ameaça de terroristas que simplesmente não admitem sua existência. Não está preocupado em fazer marketing, propaganda na mídia. Isso acaba sendo monopólio do lado de lá, dos palestinos e da esquerda anti-judaica.
Foi como na “Primavera Árabe”, que encantou a intelligentsia ocidental, que adorava falar do “despertar democrático” do mundo islâmico em cafés seguros do próprio Ocidente. O resultado prático nada teve a ver com toda aquela ilusão vendida pela imprensa ocidental, dominada pela esquerda.
Hamas finge querer a paz e lutar apenas pelo direito de um Estado Palestino. Balela. Mas há quem acredite, pois os terroristas palestinos contam com amplo apoio dos (de)formadores de opinião ocidentais. Israel precisa ser pintado como o grande vilão, poderoso aliado do próprio Satã, os Estados Unidos.
Um país com 8 milhões de habitantes, com território nada fértil, em um regime democrático, em meio a inúmeros países ditatoriais com grupos terroristas que desejam nada menos do que sua destruição: mas Israel é o Golias contra o pobre Davi. Tudo marketing. Diz Pondé:
Como dizia antes, Israel não trabalha no plano da propaganda geopolítica como o Hamas. O Hamas se esconde atrás da população civil porque sabe que quando Israel é obrigado a revidar, muita gente morre e a mídia internacional embarca de novo no estelionato geopolítico.
Quer exemplos? 1. No dia 15 de julho, um hospital em Gaza foi danificado por mísseis. Por quê? Porque o Hamas colocou uma base de lançamento de foguetes contra Israel ao lado do hospital. 2. Você já se perguntou por que só aparece foto de criança chorando em Gaza? 3. Quando Israel lança panfletos dizendo para as famílias saírem de casa por conta de ataques na região, se você sair, o Hamas considerará você colaborador do sionismo.
Os defensores da política de “judeus ao mar” sabem que militarmente perderam todas as guerras, do contrário Israel não existiria mais. Por isso, investiram na mídia: esperam que muitos palestinos morram para dizer que Israel é mau e eles uns “docinhos de coco”.
Não quero, aqui, afirmar que o governo de Israel não merece críticas, ou que não podemos lamentar profundamente as perdas inocentes do lado palestino. O que não dá é para tratar a complexa questão como vítimas inocentes do lado palestino contra invasores cruéis do lado israelense. Tal absurdo não se sustenta por um segundo de reflexão honesta ou conhecimento dos fatos.
Os palestinos são vítimas sim, na maioria dos casos. Mas principalmente dos próprios palestinos! São vítimas de grupos terroristas como o Hamas, que os obriga a servir de escudos humanos. O Hamas vibra quando tem imagens de suas próprias crianças mortas em ataques israelenses, pois isso significa mais alguns pontos no marketing de vitimização contra Israel.
Enquanto a prioridade de Israel é proteger sua própria população e minimizar ao máximo a perda de civis do outro lado, a prioridade do Hamas é matar civis inocentes de Israel, mesmo que usando suas próprias crianças como escudo ou arma de marketing geopolítico. Há um abismo moral intransponível aqui.
Em qualquer guerra haverá morte de inocentes. Em pleno século 21, isso significa imagens midiáticas chocantes. O Hamas sabe muito bem disso, e explora tal fenômeno a seu favor. O que disputa é o coração dos inocentes úteis. Já Israel está mais preocupado em efetivamente proteger seu povo, não em fazer propaganda enganosa.
Rodrigo Constantino
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