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Marxistas ou bolivarianos?

‘Era filho de uma das famílias mantuanas que, no período da supremacia espanhola, constituíam a nobreza crioula da Venezuela. Em consonância com o costume dos americanos ricos da época, ele foi mandado para a Europa aos 14 anos de idade. Da Espanha, seguiu para a França e residiu em Paris por alguns anos.

“De pé sobre um carro triunfal, puxado por doze jovens vestidas de branco e enfeitadas com as cores nacionais, todas escolhidas entre as melhores famílias de Caracas, Bolívar, com a cabeça descoberta e uniforme de gala, agitando um pequeno bastão, foi conduzido por cerca de meia hora, desde a entrada da cidade até sua residência. Proclamando-se ‘Ditador e libertador das Províncias Ocidentais da Venezuela’, formou uma tropa de elite que denominou de sua guarda pessoal e se cercou de pompa própria de uma corte. Entretanto, como a maioria de seus compatriotas, ele era avesso a qualquer esforço prolongado, e sua ditadura não tardou a degenerar numa anarquia militar, na qual os assuntos mais importantes eram deixados nas mãos de favoritos, que arruinavam as finanças públicas e depois recorriam a meios odiosos para reorganizá-las.

“Bolívar tornou a se reunir com os outros comandantes na costa de Cumaná, mas, ao ser recebido com rispidez e ameaçado por Piar de ser levado a julgamento na corte marcial por deserção e covardia, retrocedeu prontamente para Los Cayos.

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