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Em artigo publicado hoje no GLOBO, que é acusado de golpista pela extrema esquerda, o presidente do PSTU no Rio, Cyro Garcia, defende a radicalização da greve dos professores e a postura do Sepe. Segundo ele, não passa de difamação da grande imprensa e dos patrões (?) atacar os sindicatos, locais democráticos com representação de vários partidos (todos, naturalmente, de extrema esquerda).

Para Cyro, esses sindicatos são criminalizados e desmoralizados com argumentos infundados. Eu poderia jurar que quem criminaliza alguns sindicatos são aqueles que partem para atos, bem, ilegais em seus protestos e manifestações. No mais, não creio ser necessário desmoralizar entidades que trocam a educação das crianças por movimentos políticos e partidários. Fazem isso por conta própria.

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Segundo o autor do artigo, a greve, que já dura mais de 50 dias, é “heroica”. Por acaso fui deixar minha filha na escola hoje, bem cedo, e em frente há uma escola municipal. Estava repleta de alunos humildes, que acordaram bem cedo, mas que não teriam aula alguma.

Como podem competir, depois, com aquelas crianças da escola particular em frente? Por que uma vive em greve e a outra não? Minha vontade era perguntar àqueles alunos se não gostariam de receber um vale-educação para poder estudar em uma escola privada, como aquela ali ao lado.

Garanto que todos adorariam essa oportunidade, em vez de depender da boa vontade dos professores da rede municipal, que preferem se juntar aos militantes do PSTU e do PSOL para fazer campanha política contra o governador de oposição.

Não quero, com isso, desmerecer totalmente as demandas dos professores da rede pública. Mas fica cada vez mais difícil de negar que há interesses políticos por trás dessa greve. Alguns professores estão até defendendo os vândalos e criminosos do Black Bloc. E falam que os “patrões” é que tentam criminalizar o movimento…

À guisa de conclusão, o autor escreveu um parágrafo que não passa de um amontoado de chavões ideológicos que atendem ao desejo de fazer campanha política, nada mais. Diz ele:

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É necessário, por fim, fazer-se notar o alento que é, para o PSTU, constatar uma vez mais que está, na luta pela educação e em todas as lutas dos trabalhadores no Brasil e no mundo, do lado oposto dos governos e patrões. É motivo de grande satisfação ratificar, de forma tão contundente, a certeza de que este partido está do lado certo: apoiando e lutando com o povo trabalhador.

Sinto muito, mas o povo trabalhador estava na escola particular de minha filha, dando aulas, ensinando as crianças a fazer contas, e escrever corretamente. A megalomania do sujeito é tanta que sua luta abrange o planeta inteiro, como podem notar. É a Internacional Socialista abraçando a globalização ruim, aquela que exporta marxismo.

Por fim, do lado oposto ao governo os sindicatos não estão. Podem ficar contra alguns governos, pontualmente, para pleitear mais poder ainda. Mas o que seria desses sindicatos sem as verbas públicas? Acabe com o “imposto sindical”, tornando toda adesão estritamente voluntária, e veremos o que acontece.

A triste verdade é que muitos não querem ensinar ou estudar, e depois competir no livre mercado, pois isso dá muito trabalho. Muito melhor pegar uma camisa do Che Guevara, um megafone, subir em carros e ficar gritando bravatas. Alguns chegam até ao Congresso, ao Senado ou mesmo à Presidência agindo assim!