Thomas Sowell, um dos mais respeitados pensadores de direita da atualidade, escreveu um texto criticando a postura do presidente Obama em relação à Síria. O principal ponto abordado pelo conservador diz respeito à total incerteza em relação ao que pretende Obama.
O que a ação militar visa a atingir de fato? Qual a probabilidade de que alcance esse objetivo, seja lá qual for? Obama vem enrolando por um longo período sobre quais as suas pretensões na região. Seus aliados chegaram a tecer vários elogios aos governantes que agora se tornaram alvos do seu governo.
A própria Hillary Clinton enalteceu o líder sírio em passado recente, colocando-o como um “reformador”. E ninguém menos que John Kerry, em 2009, disse que a Síria era um instrumento fundamental para fomentar a paz na região.
Mais tem sido dito sobre o que seu governo não vai fazer – colocar as botas militares em solo Sírio – do que aquilo que efetivamente será feito. Um ano já se passou do ultimato feito pelo governo americano ao governo de Bashar al-Assad no que tange o uso de armas químicas. E agora? Como coloca Sowell, em tradução livre:
Quando o presidente dos Estados Unidos emite um ultimato para outra nação soberana, ele deve saber de antemão o que vai fazer se esse ultimato for rejeitado. Mas essa não é a forma como Barack Obama opera. Como tantas pessoas que são mestres em palavras nobres, ele não presta tanta atenção às realidades mundanas. Campanha é seu forte. Governar não.
Bingo! Obama é o rei da retórica, e encontra aplausos constantes na grande imprensa, quase toda de esquerda. O silêncio diante de seus frequentes fracassos é ensurdecedor. De certa forma, Obama é o ícone perfeito da era moderna, em que imagem é tudo. Ações importam bem menos. Não vamos esquecer que o homem levou o Prêmio Nobel da Paz praticamente antes de pisar na Casa Branca como presidente!
Sowell toca na ferida:
A triste realidade é que as pessoas em posições-chave para moldar a nossa política externa durante o governo Obama – o Presidente, o Vice-Presidente, dois Secretários de Estado, e o atual secretário de Defesa – todos têm um histórico de grosseiramente avaliar errado as questões, os nossos inimigos e nosso interesse nacional.
E agora esse governo e esse presidente pedem aprovação ao Congresso para um plano vago, indefinido, de ataque a outro país. Será que os Republicanos vão dar uma carta branca ao presidente que late, mas não morde?
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