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Nessa terça participei de um evento pelo lançamento do Instituto Liberal do Nordeste (ILIN) e do meu novo livro Esquerda Caviar, na UNDB aqui no Maranhão. Foi um sucesso, com auditório praticamente lotado (mais de 200 pessoas) e 80 livros autografados em seguida.

Rodrigo Saraiva Marinho falou pelo ILIN, em ótima palestra sobre o liberalismo e como ele é o melhor caminho para beneficiar os mais pobres. Em seguida, falei sobre meu livro (ainda hoje vou publicar o vídeo). Uma excelente aceitação do público, que depois teve oportunidade de fazer perguntas.

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Uma das presentes, Tamires, assumiu ser marxista (minoria absoluta no local), e fez boas perguntas. Quis entender melhor como evitar, no modelo liberal, que o poder econômico capture o político. Respondi explicando que a existência dos instrumentos que a própria esquerda defende, como o BNDES e as barreiras protecionistas, são um convite e tanto para essa captura, e que seria ingenuidade achar que vamos ter todos esses mecanismos de impedimento do livre mercado, e que depois não serão abusados pela elite econômica. O jeito é não ter tais instrumentos.

Acredito ter plantado uma semente de dúvida na cabeça dela. Mas eis o ponto principal: uma marxista assumida não encontra hostilidade alguma em ambiente de liberais, e pode debater abertamente e expor seus pontos. O mesmo raramente ocorre do lado contrário. Um liberal confrontando o marxismo em ambiente predominantemente marxista é sempre hostilizado pelas claques organizadas. Marxistas, via de regra, não curtem debates abertos.

Eis outro ponto importante: quando que, anos atrás, seria possível lotar um auditório no Maranhão para falar de Mises, Hayek e Milton Friedman? Algo está mudando. Sentimos isso o tempo todo, em todo lugar. Por onde tenho ido palestrar ou lançar o livro, tenho sido recebido por muita gente que concorda com o grosso da doutrina liberal. Muitos jovens abraçam essas bandeiras e parecem convencidos de que somente o liberalismo pode trazer prosperidade e justiça para o Brasil.

Estamos ocupando espaços, inclusive na imprensa. A reação desesperada e histriônica de ícones da esquerda mostra o quanto estão incomodados. Tentam impedir o debate, rotular os liberais e conservadores de “extrema direita” e outras besteiras do tipo (Hitler, só para constar, era do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães). Estão acuados. Agridem e rotulam por falta de argumentos, porque percebem que a hegemonia cultural da esquerda acabou – e a política é questão de tempo, pois vem algo NOVO aí.

Querem outro exemplo? O aluno de Florianópolis que se recusou a fazer mais um trabalho sobre Marx, alegando que não agüentava mais tanta doutrinação, foi um marco de resistência, e outros alunos já não se sentem mais tão sozinhos e isolados para repudiarem abertamente esse proselitismo ideológico em vez de aulas de verdade.

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O resultado prático: a pressão desses alunos fez com que a UFSC desistisse de levar o assassino comunista Cesare Batistti, julgado e condenado na democrática Itália, para uma palestra, que teria ainda um sujeito do MST e um “funkeiro” como demais palestrantes.

Enfim, estamos vivendo tempos interessantes. Se por um lado há o grande perigo de o PT se perpetuar no poder e transformar o Brasil em uma grande Argentina, por outro lado estamos vendo a reação. Cada vez mais gente acordando, lutando para criar um ambiente mais liberal em nosso país, sempre muito dependente do estado para tudo.

São os ventos de mudança, que chegaram para abalar a estrutura frágil da esquerda hegemônica. Claro, não será uma luta fácil, pois são décadas de lavagem cerebral e dominação de várias esferas políticas e culturais. Mas eles têm uma enorme desvantagem: defendem algo que não funciona, que nunca funcionou, e o fazem de forma hipócrita. Falam em nome dos pobres, mas vivem como nababos. Atacam a elite burguesa, mas são da elite burguesa.

Nós, liberais e conservadores de boa estirpe (tradição britânica e escocesa), vamos esfregar essa hipocrisia em suas caras, e mostrar ao povo que há uma alternativa muito melhor, bem mais eficiente, e que preserva o bem mais precioso que temos: nossa liberdade!