No dia 3 de outubro, a Petrobras completou 60 anos de vida. Como presente, ganhou o rebaixamento de seu rating por uma das principais agências de risco do mundo. Àqueles que não terão acesso ao documento detalhado, explicando os motivos do rebaixamento, seguem duas imagens que retratam perfeitamente a destruição da empresa em curso nesse governo. Ficará bem mais fácil compreender a decisão da Moody’s, impossibilitando qualquer tipo de reação ufanista boboca.
O EBITDA (Earnings Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization), também chamado de LAJIDA (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) no Brasil, é uma proxy da geração bruta de caixa de uma empresa. Ou seja: receita menos custos básicos, antes de um monte de outras despesas e dos investimentos.
Como podemos ver, a Petrobras vem gerando algo na casa dos R$ 50 bilhões por ano de EBITDA. Não há crescimento, nem mesmo em termos nominais. Em contrapartida, seu endividamento sobe sem parar. Isso é resultado de um agressivo e gigantesco plano de investimentos, que não tem produzido, ainda, crescimento algum na produção e na geração de caixa.
A segunda imagem deixa o resultado disso mais evidente ainda, pois é a razão de uma coisa e outra. Trata-se de um dos indicadores mais utilizados pelas agências de risco, pois mede a capacidade de pagamento da dívida.
No mercado, quando esse indicador passa de três, uma luz amarela se acende. Afinal, o EBITDA é geração bruta de caixa, e quando a dívida líquida é o triplo desse montante, mesmo que a empresa não fizesse mais investimento algum e não tivesse várias outras despesas, ela levaria três anos para quitar sua dívida.
Mas a Petrobras possui um enorme programa de investimentos à frente ainda. Sua geração líquida de caixa, portanto, tem sido da ordem dos R$ 20 bilhões negativos por ano! Ou seja, a estatal necessita de novos financiamentos dessa magnitude por ano, na promessa de que tais investimentos, finalmente, renderão bons frutos.
Fica sempre na promessa. A presidente divulgou recentemente uma expectativa de dobrar a produção nos próximos anos. Quem quiser que acredite. Mas, no passado, a empresa tem decepcionado ano após ano as expectativas dos analistas, infladas pelo próprio guidance irreal de sua gestão.
A agência de risco preferiu manter postura mais cética. O alerta está dado. O endividamento da Petrobras está ultrapassando o Rubicão. É um presente bastante amargo a todos os brasileiros que tinham orgulho da empresa ou que, pior, investiram suas parcas poupanças em suas ações.
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