No governo do PT é assim: a cada dia, ao menos um novo escândalo. Ou, como diz Reinaldo Azevedo, a cada enxadada, uma minhoca. A bola da vez é a Petrobras. E agora a denúncia vem da viúva de um gerente, que teria sido afastado por ser contra uma fraude:
O engenheiro Gesio Rangel de Andrade foi “colocado na geladeira” na Petrobras por se opor ao superfaturamento da obra do gasoduto Urucu-Manaus, na Amazônia. A afirmação é de Rosane França, viúva de Gesio, que morreu há dois anos, vítima de ataque cardíaco.
Segundo ela, pessoas da estatal tentaram constranger seu marido a aprovar aditivos para a obra. Ele não concordou e foi exonerado do cargo, permanecendo por dois anos sem qualquer função.
Os gastos com o gasoduto Urucu-Manaus estouraram todas as previsões. A área técnica estimou a obra em R$ 1,2 bilhão, mas o contrato foi fechado por R$ 2,4 bilhão, após pressão das construtoras.
O gasoduto demorou três anos para ficar pronto e o custo chegou a R$ 4,48 bilhões. A estatal aprovou um aditivo de R$ 563 milhões para um dos trechos, praticamente o valor daquele contrato.
O Ministério Público tem aí mais uma denúncia para investigar. Complicado mesmo é a imprensa e a justiça darem conta de tantos escândalos. Haja memória! Haja pessoal para mergulhar nos dados da maior empresa brasileira, palco de inúmeras denúncias e suspeitas de “malfeitos”.
Mas já sabem: quem cobrar mais transparência e desejar uma CPI que investigue a fundo tudo que se passa na estatal, só pode ser contra a Petrobras, lutar por sua destruição. Quem ama a empresa, o patrimônio nacional, deve preservá-la assim, do jeitinho que está, nas sombras. Afinal, o petróleo é nosso…
Rodrigo Constantino
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