A presidente Dilma deve estar inconsolável hoje. Acordou sabendo que todo aquele escarcéu feito como vítima da espionagem do malvado império americano será visto como patético hoje. A presidente se deu importância demais, pois a vitimização vende, e vende muito bem no Brasil.
Segundo os documentos vazados por Snowden, a agência americana NSA teria espionado nada menos do que 35 líderes globais. São mais do que três times de futebol, completos! E lá está ela, nossa “presidenta”, como apenas mais uma entre esse mundo de gente.
Como fica aquela pose toda arrogante de importância, como se fosse a última Coca-Cola do verão, cobrando explicações de Obama? Agora que veio à tona o óbvio – que todos espionam todos, mas os americanos foram delatados por um traidor – como será vista a empáfia de nossa presidente, que aproveitou por alguns dias a imagem de alvo prioritário da espionagem do poderoso governo americano?
Há mais. Os petistas chegaram a alegar que a espionagem poderia ter ligação com o leilão de Libra, pois a Petrobras estava na lista dos alvos também. Só tem um detalhe: nenhuma empresa americana participou do leilão.
Ou não gostaram do que viram, e isso seria atestado de que a Petrobras comprou gato por lebre; ou todo aquele estardalhaço não passou de exploração do complexo de vira-latas do brasileiro, que adora se sentir ameaçado pelos vizinhos ricos do norte.
É, meus caros compatriotas, será preciso conviver com essa realidade: nosso querido Brasil é apenas mais um nessa imensa lista de alvos de espionagem do governo americano, e nossa presidente precisa compartilhar com outras 34 lideranças esse holofote. Nada como um dia após o outro.
PS: Fica apenas uma dúvida, levantada por um amigo meu: será que foi o presidente Obama quem divulgou aquelas fotos de Angela Merkel jovem praticando nudismo em local público?
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