O programa “Esquenta!”, com a apresentadora Regina Casé, costuma glamourizar a vida na periferia e nas favelas, como se fosse uma maravilha morar nesses lugares, além de apelar para forte sensacionalismo. Certa vez um “pobre” rapaz, ex-traficante arrependido, contava que tinha entrado no crime porque o vizinho tinha a geladeira repleta de iogurtes, e ele não (tadinho). Vitimização e relativismo moral? Você encontra por lá certamente.
Agora o programa vai entrar em sua quarta temporada. Qual o tema de abertura? Um ataque ao conceito de família tradicional, essa coisa de burgueses reacionários que ainda acreditam em papai e mamãe com seus filhinhos. Quem diz é o próprio criador, Hermano Vianna, em sua coluna de hoje no GLOBO.
O antropólogo cita a enquete feita pela Câmara dos Deputados com a seguinte pergunta: “Você concorda com a definição de família como núcleo formado a partir da união entre homem e mulher, prevista no projeto que cria o Estatuto da Família?” Em seguida, menciona que foram mais de 700 mil votos, o que demonstra o claro interesse da população no assunto. Só não diz qual o resultado até agora. Vejam:
Ou seja, até agora, quase 60% dos que votaram concordam que família é formada pela união entre homem e mulher. Mas se depender do antropólogo, isso será coisa do passado, defendida apenas por reacionários incapazes de enxergar a luz da vanguarda:
O projeto do Estatuto não inova: essa definição já está na Constituição, inclusive com sua extensão para “comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes”. São apenas esses os tipos de família que temos no Brasil? O “Esquenta!” oferece seu auditório para ajudar o país na busca pelas melhores respostas.
Sabemos quais são as “melhores respostas” pela ótica do programa. Família é qualquer coisa que os “progressistas” digam que é família. Família é tudo, ou seja, nada. E viva o “poliamor”, ao som do funk da periferia, porque num mundo em que Valesca Popozuda já virou uma importante filósofa contemporânea, realmente vale tudo!
Rodrigo Constantino
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