Deu no GLOBO: Estado proíbe divulgação de qualquer texto sem autorização nas escolas
A divulgação de uma circular da Secretaria estadual de Educação, que proíbe a veiculação de qualquer material impresso dentro das escolas da rede sem que haja uma análise prévia da direção da unidade ou de um representante da própria secretaria, está gerando uma polêmica que já chegou até a Câmara de Vereadores. Alegando que se trata de censura, o vereador Renato Cinco (PSOL) pretende entrar com uma representação no Ministério Público ainda esta semana pedindo para que o órgão apure o caso. O estado, por sua vez, alega que a atitude de Cinco é uma reação político-partidária, já que ele vinha distribuindo cartilhas elaboradas pelo seu gabinete para serem distribuídas nos colégios.
[…]
Também há, entre os textos, um que incentiva os integrantes de grêmios a, entre outros debates, discutirem a legalização da maconha, tema defendido por Cinco.
[…]
Em nota, a Secretaria de Educação reforçou que cumpre toda a legislação em vigor relativa à formação de grêmios. O órgão afirmou ainda que “não é permitida a distribuição de nenhuma cartilha” e que o objetivo do vereador “é panfletar, usar a interpretação e a linguagem dele e do PSOL”.
Nem vou entrar no mérito da questão. É tema complexo. Pode ou não divulgar qualquer material nas escolas? Há claramente direitos em choque, o de liberdade de expressão e o de preservação dos alunos (panfletos nazistas poderiam, por exemplo?).
É verdade que a propriedade privada resolveria a questão. Nas escolas particulares, os proprietários é que decidem, e seriam mais sensíveis à reação dos pais dos alunos. Mas nas escolas públicas o buraco é mais embaixo.
O meu foco aqui é outro: é mostrar como os socialistas gostam de doutrinar desde a mais tenra idade. Quanto mais inocente o alvo, mais apetitoso ele é para essa turma. Alunos muito jovens, sem preparo adequado para enfrentar as falácias e utopias da esquerda, acabam sendo presas fáceis dos oportunistas de plantão. Seria até o caso de perguntar: aliciamento de menores?
Rodrigo Constantino