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Essa história não é daquelas que o amigo do amigo me contou. Aconteceu com um parente próximo. Foi ele mesmo quem me contou ontem. É um retrato de nosso país.

Chegava ele com a família dos Estados Unidos no aeroporto do Galeão, recém “privatizado” (o estado ainda detém mais de 60% do capital total), quando bateu aquela vontade de ir ao banheiro. Talvez tenha sido a fantástica comida da American Airlines.

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Encaminhava-se para o banheiro, quando um funcionário do aeroporto o interceptou. Com toda a gentileza do mundo, querendo nitidamente ser eficaz, o rapaz perguntou, com essas exatas palavras: “Você vai fazer xixi ou cagar?”

Após o choque inicial, um tanto incrédulo, meu parente perguntou se era mesmo necessário especificar qual seria sua atividade no banheiro. Solícito, o moço disse que sim, e explicou o motivo: “É que estourou a tubulação do banheiro, e só os mictórios estão funcionando. Se for para cagar, tem que entrar naquela fila ali e usar o banheiro de retaguarda do aeroporto”.

Ao mostrar a fila, esse “gentleman” apontou para um grupo de 3 felizardos que aguardavam o esperado momento de aliviar aquele peso do corpo. Podem imaginar a cara que cada um fazia, os legítimos “cagões”, agora conhecidos de boa parte do aeroporto. Meu parente foi lá, aumentar o tamanho da fila, enquanto um único pensamento lhe passava pela cabeça: “Cheguei ao Brasil!”