Em sua coluna de hoje na Folha, Aécio Neves utiliza três exemplos para mostrar como o governo de Dilma tem sido pautado pela propaganda partidária, não pela honestidade. O caso recente do Ipea representa apenas mais um exemplo entre tantos. Um erro, uma “fatalidade”, como diz o presidente da instituição, mas que foi logo utilizado pela presidente para tirar uma casquinha eleitoral em cima da reação do público. Há compromisso apenas com as urnas, não com a verdade.
Os três exemplos que Aécio cita: o PAC, que passou a incorporar obras rotineiras como se fossem novidades anunciadas pelo governo, não entregou o que foi prometido antes e já partiu para uma segunda etapa, e depois uma terceira, sempre na véspera de eleições, com números inflados; uma campanha pelo fim da miséria que foi usada, com o mesmo slogan, pelo governo e pelo PT, como se fossem uma só coisa; e a diferente medida de extrema pobreza em relação ao que a ONU recomenda, para fingir que 16 milhões de pessoas, que pelo conceito da ONU teriam voltado à extrema pobreza, continuam fora dela graças aos programas do governo.
Em suma, trata-se de um governo cujo Primeiro-Ministro passa a ser o marqueteiro, João Santana, onde todas as medidas são voltadas para a conquista de eleitores, não de resultados concretos. Como as novas pesquisas eleitoras demonstram, porém, cada vez menos gente cai no golpe. Aécio Neves conclui:
No país do PT, a Petrobras vai muito bem, o PAC impulsiona o desenvolvimento nacional, o governo respeita os limites entre o interesse público e o partidário. E, o mais importante, acabou com a pobreza absoluta no Brasil. “Criatividade” tem limite. E desrespeito também.
Rodrigo Constantino
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