Venezuela: “golpe elétrico” e o apagão da liberdade

Deu na Folha: Governo vê “golpe elétrico” em apagão que deixou Venezuela sem luz

Um apagão deixou 70% da Venezuela sem eletricidade na terça-feira, incluindo partes da capital Caracas.

A queda de energia desligou semáforos e sinalizações de rua, provocando transtornos no tráfego. O sistema de metrô também foi parcialmente paralisado.

Milhares de trabalhadores foram mandados para casa. Apagões são comuns em partes da Venezuela, mas raramente afetam a capital Caracas.

O vice-ministro da Energia, Franco Silva, disse que a causa do problema foi uma falha no sistema de transmissão.

O ministro da Energia, Jesse Chacon, pediu desculpas aos venezuelanos e pediu calma.

O presidente Nicolas Maduro culpou a oposição pelo apagão. “Tudo parece indicar que a extrema-direita retomou seu plano de realizar um golpe elétrico contra o país”, afirmou no Twitter.

Mas críticos do governo afirmam que o apagão expõe a falta de investimentos e de infraestrutura no setor de energia.

A indústria petrolífera não foi afetada pela queda de energia porque as refinarias venezuelanas são supridas por usinas que operam de forma independente.

Apesar de a Venezuela ter grandes reservas de petróleo, o país depende das hidrelétricas, responsáveis por 64% da produção de energia.

O “socialismo do século 21” segue sua trajetória incrivelmente similar àquela do século 20. O que acontece quando o governo é dono de abundante reserva de petróleo? Falta energia no país! E qual a reação do governo diante do fracasso evidente de sua gestão? Culpar bodes expiatórios!

Nada diferente aqui. Chávez chegou a culpar o governo americano até por doenças como o câncer ou terremotos. Todo regime autoritário precisa de inimigos, concretos ou imaginários. É a constante ameaça de um golpe que justifica as atrocidades domésticas, a total perda da liberdade.

A “extrema-direita”, que na Venezuela já é um candidato que admira o PT, planeja até “golpes elétricos” agora. Tudo para fugir da responsabilidade de sua incompetência. O governo bolivariano seria apenas uma ópera bufa, e até divertida; não fosse tão trágico para o povo.

Onde quer que o socialismo chegue ao poder, o resultado é inexoravelmente o mesmo: miséria, escravidão e terror. Não há como ser diferente. O verdadeiro apagão causado pelo regime é sempre o da própria liberdade.