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Vergonha na saúde pública: e o governo Dilma vende a ideia de que a solução é trazer escravos cubanos?

Diz o editorial do Estadão hoje:

O fechamento do pronto-socorro da Santa Casa de São Paulo – o maior da maior cidade do País – é a dramática demonstração do desleixo e da irresponsabilidade com que o poder público, em todos os seus níveis, trata a saúde, setor que dele recebe sempre muito menos do que precisa para se manter. Esse era o desfecho mais do que previsível, diante do aprofundamento contínuo da crise que a Santa Casa enfrenta há vários anos, e por isso soam falsas – para dizer o mínimo – as queixas dos governos federal, estadual e municipal, de que não foram avisados da medida extrema.

[…]

A responsabilidade do governo federal é ainda maior, porque na raiz da crise das Santas Casas, a começar pela de São Paulo, e dos hospitais filantrópicos em geral, está – como há muito é sabido, mas não custa repetir – a defasagem da tabela de procedimentos do SUS, que cobre apenas 60% dos custos. Com os restantes 40% eles que “se virem”. Essa é a principal causa do endividamento e da crise dessas instituições, responsáveis por 45% dos atendimentos do SUS.

Tirar as Santas Casas da crise, da qual o fechamento do pronto-socorro da de São Paulo é apenas o sintoma mais alarmante, é condição essencial para salvar o próprio sistema de saúde pública.

Diante desse lamentável quadro, cabe perguntar: e o governo Dilma ainda tenta vender a ideia de que a solução para nossa saúde pública é importar escravos cubanos? Quando faltam até seringas na Santa Casa? A demagogia da medida salta aos olhos de quem ainda não ficou cego pela ideologia.

O SUS é um retumbante fracasso, prova de que o socialismo não funciona em área alguma, e isso não exclui a saúde. Muitos liberais aceitam a ideia de que cabe ao estado oferecer saúde básica para todos, ou manter hospitais de emergência.

Daí a pregar a máxima marxista “de cada um de acordo com sua capacidade, a cada um de acordo com sua necessidade” aplicada à saúde, vai uma longa distância. Não funciona. Instala-se a corrupção, a notória ineficiência da gestão estatal, os gastos descontrolados. O resultado é um atendimento precário a todos, enquanto os próprios políticos de esquerda – sem exceção! – tratam-se nos melhores hospitais particulares. Pimenta no olho dos outros é refresco.

Se o estado reduzisse bastante seu escopo de atuação, e focasse apenas na segurança e na saúde básica (não é o mesmo que “garantir” para todos um tratamento “digno” para “qualquer” doença), talvez houvesse uma chance de prestar um serviço razoável, até adequado. E sem dúvida o tratamento particular seria mais barato também. Infelizmente, estamos muito longe disso…

Rodrigo Constantino

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