O ator Wagner Moura gosta do comunista Marighella, que defendia o uso do terror para transformar o Brasil em uma nova Cuba. Mas Wagner Moura não gosta da Veja, pois é uma revista de “extrema-direita” (risos). Wagner Moura gosta do Freixo e do PSOL, que defendem o socialismo em pleno século 21. Mas Wagner Moura não gosta do capitalismo “imperialista” norte-americano.
Isso tudo, claro, no discurso. Mas quando é para ganhar cachês em dólar de Hollywood, o ator se transforma rapidamente no maior capitalista que existe. Quando é para fechar contratos de publicidade com multinacionais – e são muitas – o ator rapidamente se mostra um tanto ganancioso, como aqueles capitalistas que ele costuma condenar.
Eis que leio na coluna de Ancelmo Gois hoje:
Haja ganância capitalista! O homem processa as empresas pelo uso de sua imagem num guia, acumula mais alguns milhares de reais em sua fortuna, e tudo isso pois ele tinha, à época, contrato com… quem? Ela mesmo, o ícone do “imperialismo ianque”, do capitalismo “estadunidense”, a nossa querida Coca-Cola!
Como é doce (literalmente) a vida de nossa esquerda caviar…
Rodrigo Constantino