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Outro dia me senti o próprio escritor americano que vemos nos filmes. Fui ao Starbucks com meu laptop, comprei um frapuccino, e pus-me a escrever minha breve autobiografia. O Starbucks é uma rede "lacradora", com viés "progressista". Não curto essa postura ideológica, mas curto seu café e seu ambiente.

Sou também um grande comprador da Amazon Prime. Fico até impressionado: compro minhas cápsulas da Nespresso e chegam no mesmo dia! Sem sair de casa, no conforto do meu escritório, a um preço acessível e competitivo, a mercadoria é deixada na minha porta. Jeff Bezos, o dono da Amazon, é um democrata "progressista" de quem discordo bastante.

Menciono esses casos para reforçar a ideia de que o grande valor do mercado está em sua impessoalidade. Oferta procura atender a demanda da forma mais eficiente possível, deixando de fora quesitos ideológicos. Não entro no restaurante questionando qual foi o último voto do seu proprietário.

Esse mecanismo "frio" do mercado é seu maior atributo, e por isso mesmo economistas como Thomas Sowell e Walter Williams, ambos negros, enxergaram nesse modelo o maior combate ao racismo. Se as empresas forem racistas, perderão clientes e também funcionários que podem agregar valor. Quem vê cara não vê resultado!

Compreendendo isso fica mais claro por que é temerário um ministro da Economia pregar o boicote de empresas do próprio país por fatores ideológicos ou partidários. O capitalismo é eficiente por ignorar essas coisas. Quem age assim quer dar um tiro no pé da própria economia. Também, o que esperar de quem confessou nada entender do assunto pois "colava" nas provas?!

O editorial da Gazeta do Povo hoje fala sobre como o novo governo atrapalha as expectativas econômicas, e não é para menos. As falas desastradas de Haddad e sua equipe apenas jogam lenha na fogueira. A turma de "mercado" que "fez o L" já está arrependida e percebendo a lambança que vem por aí. Diz o jornal:

Infelizmente, o Brasil já abusou demais do desperdício de tempo e, considerando o envelhecimento da população e a perda do bônus demográfico, não há mais muito tempo que possa ser perdido, sob pena de jamais tornar-se um país desenvolvido. Apesar disso, a última eleição talvez tenha sido o pleito eleitoral mais precário dos últimos tempos quanto à clareza, por parte dos candidatos, de quais eram suas ideias para a sociedade. A chapa vencedora do pleito presidencial nem mesmo chegou a protocolar plano de governo detalhado. A formação de expectativa econômica no plano nacional tornou-se exercício ao acaso, pois não há elementos de certeza razoável necessários para profecias minimamente críveis. Os primeiros dias do novo governo já demonstraram para onde Lula e o PT querem levar o país, dando marcha a ré em avanços importantes como marcos regulatórios, reforma da Previdência e reforma trabalhista, e apresentando um pacote de contenção do déficit que aposta fortemente no aumento da arrecadação, com minúsculos cortes de gastos. No entanto, ainda é preciso saber que tamanho terá a base aliada no Congresso e se ela será capaz de concretizar ou de barrar os planos petistas. Enquanto isso, expectativas econômicas sérias e bem embasadas estão na coluna de “suspenso”.

Reforço aqui a análise que já fiz antes: com esse pessoal no comando da economia, não corremos o menor risco de dar certo. Mas à medida que o país envelhece, sem criar riquezas, o caldeirão social aquece mais e mais, até o ponto de ebulição. É extremamente preocupante acompanhar a trajetória dos nossos dados sócio-econômicos e vislumbrar o descaso do atual governo para com as boas teorias sobre o assunto. Salve-se quem puder!

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