O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tornou-se o terceiro presidente na história do país a sofrer impeachment, mas ele continuará no cargo até que o processo seja julgado pelo Senado.
Os deputados republicanos e democratas se confrontaram durante horas de debate na Câmara nesta quarta-feira (18) antes da votação pelo impeachment do presidente Trump por sua conduta em relação à Ucrânia.
A destituição do republicano foi apoiada por 230 deputados - eram necessários 216 votos. Outros 197 parlamentares se posicionaram contra o impeachment.
Os democratas acusaram Trump de "abuso de poder" e "obstrução do Congresso", pela incapacidade de acusa-lo de crime propriamente dito, de conluio, de toma-lá-dá-cá com o presidente ucraniano.
O povo percebeu o truque, já que os democratas buscam um pretexto para tirar Trump no tapetão desde o começo. O efeito será negativo para a esquerda, como um bumerangue.
David Harsanyi, autor de "Estado Babá", comentou: "O impeachment não é um imperativo constitucional. Nem é uma obrigação patriótica. Os democratas, que hoje ridiculamente se envolvem na pátina do 'estado de direito', sabem disso muito bem. Não faz muito tempo, eles estavam racionalizando e defendendo abusos de poder sem precedentes sob o governo Obama. E estarão enaltecendo mais abusos da Constituição na próxima vez que ganharem na Casa Branca".
No governo Obama, vale lembrar, a Receita Federal perseguiu grupos conservadores, o que parece muito mais grave do que o conteúdo das conversas entre Trump e Zelenksy.
O historiador Victor Davis Hanson disse: "Quando um partido, um movimento ideológico e uma agenda política inteira se baseiam no ódio, pessoas e políticas ficam distorcidas. A aversão da esquerda por Trump manchou quase todas as agendas democratas e afetou a maioria dos principais nomes do partido".
Uma pesquisa do instituto Gallup divulgada hoje cedo revelou duas consequências práticas do processo de impeachment de Trump: o apoio ao governo subiu de 39% para 45% desde que o processo foi iniciado no Congresso, e a rejeição ao seu impeachment pulou de 46% para 51%. Não foi por falta de aviso...
Comentei sobre isso no Jornal da Manhã hoje, primeiro afirmando justamente que o impeachment foi um tiro no pé:
E em seguida alertando para o risco de se banalizar dessa forma algo sério como o impeachment:
A esquerda, quando perde nas urnas, tenta apelar para o tapetão. Alexandre Borges fez uma boa analogia: "O senado é o VAR da democracia americana. A turma do gol de mão está comemorando à toa". Não deu certo a tática desesperada dos democratas, que sabem contar apenas com nomes fracos nas primárias. A reeleição de Trump se tornou um pouco mais provável hoje...