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Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Indústria brasileira fica para trás após desgraça petista

Reportagem do Estadão mostra como nossa indústria vem sofrendo e ficando para trás em nível mundial após a profunda recessão produzida pelo petismo:

Enquanto a produção industrial no resto do mundo cresceu 10% desde 2014, a atividade nas fábricas brasileiras caiu 15% no mesmo período – e não recuperou o patamar em que estava antes da recessão. Se nada for feito, de acordo com economistas, o Brasil corre o sério risco de deixar de estar entre os dez maiores países industriais do mundo.

Para além dos efeitos negativos da recessão no Brasil, de 2015 a 2016, sobre confiança e emprego, os variados choques que a atividade industrial sofreu no País e os problemas estruturais que o setor enfrenta explicam a disparidade do desempenho local frente a países vizinhos, dizem especialistas.

E o pior: esses fatores devem levar a indústria, que tem peso de cerca de 11% no Produto Interno Bruto (PIB), a uma nova retração este ano, após registrar crescimento em 2017 e 2018, influenciada também pela desaceleração global. O pico de participação da indústria no PIB foi em 1976, com 22,3% (a preços constantes de 2010).

A desindustrialização é, em parte, um processo natural à medida que uma economia se desenvolve, pois o setor de serviços tende a ocupar uma parcela maior do PIB. Mas está claro que não é exatamente esse o fator por trás da nossa queda industrial.

Além dos fatores estruturais conhecidos, que compõem o famoso "Custo Brasil", temos alguns fatores conjunturais também: a queda nas exportações para a Argentina, que afeta os manufaturados e pode ter tirado até 0,7 ponto porcentual do PIB em 2017 e 2018; a tragédia do rompimento da barreira da Vale, em Brumadinho (MG); e a greve dos caminhoneiros, em maio do ano passado.

Mas o mais relevante é mesmo o gargalo estrutural, nossa baixa produtividade. E isso se deve, basicamente, aos velhos problemas conhecidos: infraestrutura capenga, mão de obra desqualificada, carga tributária elevada e complexa, leis trabalhistas obsoletas, pouca abertura comercial, taxa de juros acima do padrão internacional etc.

O governo Bolsonaro, sob o comando de Paulo Guedes na Economia, está atacando todos esses males. Reformas estruturais como a da Previdência, para estancar a sangria fiscal, MP da Liberdade Econômica, para reduzir burocracia, acordos comerciais, privatizações e parcerias público-privadas para atrair investimentos etc.

Mas as mudanças levam tempo, e vêm em velocidade muito aquém do necessário. O grau de estrago causado pelo petismo não pode ser ignorado. Com a "seleção dos campeões nacionais", o governo do PT fez o Brasil voltar várias casas no tabuleiro industrial, distorcendo incentivos. Com o Mercosul ideologizado, o PT prejudicou bastante nossa indústria. Com a "nova matriz macroeconômica", o PT trouxe de volta a inflação e forçou as taxas de juros para cima. A roubalheira e a politização destruíram as estatais. E por aí vai.

Não é fácil reconstruir a indústria nacional. Mas o caminho seguido pelo atual governo é o certo: reformas estruturais, pois não há passe de mágica aqui, e o estado não pode ser a locomotiva desse crescimento - essa mentalidade que nos colocou nesse lugar, para começo de conversa.

Nesse sentido, é ao menos alvissareira a notícia de recuperação da produção industrial em agosto:

Depois de três meses em queda, a produção industrial brasileira cresceu 0,8% em agosto, na comparação com julho, segundo divulgou nesta terça-feira (1) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do melhor resultado para meses de agosto desde 2014 (0,9%).

A alta registrada em agosto é também o melhor resultado mensal desde junho do ano passado, quando houve avanço de 12,6%, na comparação com o mês imediatamente anterior.

Segundo o IBGE, a recuperação em agosto foi puxada pela indústria extrativa, que cresceu 6,6% no mês, impulsionada pelo aumento na extração de minério de ferro, petróleo e gás.

“Esse é o crescimento mais intenso desde junho do ano passado e interrompe uma sequência de três meses de queda da produção industrial, que acumularam perda de 0,9%. Portanto, o avanço observado esse mês elimina uma parte importante daquela queda acumulada”, destacou André Macedo, gerente da pesquisa.

Sigamos em frente, pois nossa indústria tem pressa!

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