O ódio a Israel é coisa antiga. Tratei disso em Esquerda Caviar, e vou lançar em breve um livro todo sobre o assunto. Deixando de lado, aqui, as causas desse ódio, o fato é que Israel representa, no Oriente Médio, o Ocidente, os valores da civilização judaico-cristã, em meio a países hostis sob regimes autoritários e muitas vezes assassinos.
Se qualquer outro país do mundo, à exceção talvez dos Estados Unidos, tivesse sofrido um ataque bárbaro como aquele de 7 de outubro contra israelenses, haveria óbvia demanda por uma dura resposta. Só Israel não tem o direito de se defender, para o mundo dominado pela esquerda judeofóbica.
Se os agredidos deixarem por isso mesmo, num acordo de cessar-fogo, qual o recado para os demais terroristas sedentos por sangue judeu?
Lula representa, claro, essa esquerda radical no Brasil. E, como presidente, vem aproximando nosso país do que há de mais nefasto no mundo, enquanto demoniza Israel. Viramos, agora sim, um pária mundial. No Egito, como uma nova praga, Lula aproveitou para descer a lenha novamente em Israel, ao lado do ditador egípcio.
"O Conselho de Segurança não pode fazer nada na guerra entre Israel e [o Hamas na] Faixa de Gaza. A única coisa que se pode fazer é pedir paz pela imprensa, mas me parece que Israel tem a primazia de não cumprir nenhuma decisão emanada da direção das Nações Unidas", disse Lula. Para o presidente petista, a ONU deveria mandar no mundo. E a ONU, todos sabemos, é dominada por globalistas e petrodólares árabes.
Lula declarou, mais uma vez, que "o Brasil condenou de forma veemente a posição do Hamas no ataque a Israel e o sequestro de centenas de pessoas. Chamamos o ato de ato terrorista". O presidente, no entanto, tornou a condenar a reação de Tel Aviv. "Mas não tem nenhuma explicação o comportamento de Israel, a pretexto de derrotar o Hamas, estar matando mulheres e crianças, coisa jamais vista em qualquer guerra de que tenho conhecimento."
É mentira que Lula condenou abertamente o Hamas e o chamou de terrorista. Ele demorou a sequer citar o nome do grupo, lembrando que vários petistas abertamente saíram em defesa do Hamas. No mais, Lula toma a valor de face o que a assessoria do Hamas inventa: que é Israel o responsável pelas mortes de crianças palestinas, e não o próprio Hamas, que as utiliza como escudo humano.
Felizmente, Israel sabe que precisa se defender, caçar os terroristas do Hamas e eliminar o grupo terrorista.
Mas Lula tem apoio na velha imprensa, igualmente preconceituosa com Israel. Guga Chacra, no Globo, defende um imediato cessar-fogo em sua coluna de hoje. Eis sua conclusão: "Além de salvar essas vidas palestinas, Israel poderia ter de volta os reféns, ainda que ao custo da libertação de membros do Hamas nas prisões israelenses. A situação também tenderia a se acalmar na fronteira com o Líbano e no Mar Vermelho. Por último, não dá para justificar a morte de milhares de menores palestinos".
Diante de visão um tanto infantiloide, caberia perguntar: 1) O que faz alguém pensar que os terroristas do Hamas vão mesmo soltar os reféns israelenses, sendo seu principal intuito a matança de judeus, como está no seu próprio estatuto? 2) Esse tipo de discurso, como o de Lula, parece culpar Israel pelas mortes de palestinos, em vez do Hamas, real culpado e agressor na história; 3) Se o Hamas for poupado, isso não seria um incentivo a novos ataques terroristas?
Um grupo de selvagens invade um país, estupra centenas de meninas, mata mais de mil inocentes, mutila corpos de idosos e até degola crianças, além de levar dezenas de reféns embora. Se os agredidos deixarem por isso mesmo, num acordo de cessar-fogo, qual o recado para os demais terroristas sedentos por sangue judeu? Que o crime compensa, não é óbvio?
Para Israel sim. Para a esquerda mundial, como Guga e Lula, não. Mas, felizmente, Israel sabe que precisa se defender, caçar os terroristas do Hamas e eliminar o grupo terrorista. Em qualquer guerra há mortes de civis, e isso nunca foi argumento para não se defender. Ou Guga pensa que na Segunda Guerra não morreram mulheres e crianças na Alemanha? Ele estaria, naquela época, culpando os britânicos e pedindo cessar-fogo, ou estaria defendendo a necessidade de se enfrentar Hitler e os nazistas?
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