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Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

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“La garantia soy yo”: Barroso pede que confiemos nele!

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O mesmo que foi advogado de defesa do terrorista Cesare Battisti; o mesmo que já confessou desejar "empurrar a história" em direção à "justiça racial"; o mesmo que promove ativismo judicial sem ter votos, buscando legislar sobre casamento gay ou drogas; o mesmo que leva a sério o imitador de focas a ponto de realizar um "debate" sobre política com ele; agora nos pede a confiança nas urnas eletrônicas, pois ele "garante".

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse que as urnas eletrônicas garantem eleições “seguras e transparentes”. A afirmação foi feita durante uma sessão plenária do TSE realizada nesta quinta-feira, 13, dia em que a urna eletrônica completa 25 anos.

“As urnas eletrônicas ajudaram a superar os ciclos da vida brasileira que vêm, pelo menos, desde a República Velha, em que as fraudes se acumulavam”, destacou o ministro, que continuou, dizendo que a ferramenta não é um dos problemas do processo eleitoral do país. “O Brasil tem muitos problemas que o processo democrático e a democracia ajudam a enfrentar e resolver, mas um desses problemas não é a urna eletrônica, que até aqui tem sido parte da solução, assegurando um sistema íntegro e que tem permitido a alternância de poder sem que jamais se tenha questionado de maneira documentada e efetiva.”

Por fim, Barroso afirmou que, em 25 anos, nunca foram registradas fraudes no sistema e que as urnas garantem “eleições limpas, seguras, transparente e auditáveis”. Como comprovar tal afirmação? Eis o ponto: impossível, já que não são auditáveis. O PSDB tentou em 2014, com especialistas contratados, por suspeitar de fraude após mudanças repentinas dos votos. O líder tucano à época, deputado Carlos Sampaio, concluiu que não era viável auditar as urnas.

Por que temem tanto a transparência maior? Por que o Brasil deve ser o único país do mundo com tal sistema, sem a impressão dos votos? Por que jornalistas e políticos socialistas repetem que é coisa de "miliciano" cobrar um voto auditável, sendo que ninguém levaria qualquer papel para casa? O que está realmente por trás de tanta resistência a adotar um modelo que países vizinhos possuem, e manter um sistema que seria considerado inconstitucional em países como a Alemanha?

Barroso lança essa campanha de propaganda das urnas eletrônicas pois sentiu a pressão: milhões de brasileiros têm cobrado mais transparência, em vez da caixa-preta que temos hoje. Só o fato de uma parcela tão grande do povo desconfiar do sistema atual deveria ser suficiente para que o TSE fizesse algo a respeito, em vez de simplesmente garantir que seu "filho" é lindo e maravilhoso. Vejam como os jornalistas tentam encerrar a questão de forma absurda:

Roberto Motta comentou: "Jornalismo militante é isso: pegar um assunto complexo, altamente técnico, com graves implicações para a nação, e trata-lo de forma idiotizada, como se fôssemos crianças. Hackers invadem tudo, menos o 'processo eletrônico de votação' da jornalista. Então tá". Isso sem falar que hackers demonstraram a capacidade de invasão de sistemas similares ao nosso.

Leandro Ruschel rebateu a narrativa de que a cobrança seria uma preparação de terreno para eventual golpe em caso de derrota: "A tese dos militantes de extrema-esquerda na academia que posam de pesquisadores isentos: conservadores colocam em dúvida as urnas para justificar um golpe, caso Bolsonaro perca a reeleição. Fácil de desmontar tal tese: batalhamos por urna auditável há mais de década!"

Não é discurso de perdedor, pois os que cobram isso venceram. Não é coisa de direita, já que Brizola, Ciro Gomes e Requião, entre outros de esquerda, já defenderam mudanças. É simplesmente a exigência de maior transparência e da possibilidade de uma auditoria eficaz no caso de resultado apertado demais ou suspeito. Pode judicializar a eleição? Ora, e a alternativa da perda total de confiança na democracia soa melhor, por acaso?

O TSE divulgou um vídeo com sua campanha e basta ver o resultado para concluir que os eleitores não morderam a isca, não estão dispostos a tomar a palavra de Barroso como verdade absoluta, por mais iluminado que o ministro se considere:

Essa resistência toda em acatar uma demanda popular causa apenas mais desconfiança ainda. Afinal, temos um STF que rasgou a Constituição para preservar direitos políticos de Dilma, para prender deputado e jornalista bolsonarista, para soltar Lula e depois melar a Lava Jato e conceder sua elegibilidade. Diante desse quadro, essa turma acha mesmo que vamos simplesmente aplaudir quando Barroso parece dizer "la garantia soy yo"?! Tenham a santa paciência!

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