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Por Paula Magioni, publicado pelo Instituto Liberal

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Já se deparou com a tentativa de transferir algum sentimento seu para alguém com o desejo de que a pessoa fosse capaz de entender perfeitamente o que você estava sentindo? Pois é, mas felizmente há coisas intransferíveis na vida e é daí que nasce nossa responsabilidade individual.

O “pensar” é uma das ações que inconscientemente, na grande maioria das vezes, tentamos transferir para um alguém que já o tenha feito antes. Seja qual for o motivo que nos incentiva, comodidade ou facilidade, nos tornamos meros repetidores de padrões. Não imprimimos nossa marca e, pior, não progredimos.

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Já conseguiu entender por que a humanidade lutou, por tanto tempo, em busca do fim da escravidão e quando, enfim, nos tornamos livres fisicamente nos entregamos gratuitamente, sem nos incomodar, à escravidão da mente? Queremos a liberdade, mas fracassamos ao não assumirmos a nossa responsabilidade.

Somos naturalmente diferentes. Nascemos com organismos diferentes que reagem de formas diferentes quando submetidos a uma mesma ocorrência. Logo, não é surpreendente dizer que pensamos também diferente e que é da diferença que vem a evolução. É exatamente esse o motivo que faz da liberdade um requisito para o progresso. Liberdade de ser diferente, de fazer diferente, de pensar diferente. Ter responsabilidade de criar, melhorar, inovar e evoluir.

Se não houvesse quem pensasse diferente, viveríamos ainda hoje nas cavernas, andando a pé e pela escuridão. Por isso a liberdade de expressão é tão necessária.

Por outro lado, pouco vale a liberdade de expressão sem uma economia de mercado que dê espaço para sua ação e consequentes benefícios. O ser humano tende a ter mais facilidade e certas paixões por algumas coisas; já por outras, nem tanto. Há os que contribuem para as ciências humanas, outros para as ciências sociais e outros para as ciências exatas. As contribuições são frutos da liberdade de expressão. A economia de mercado é o que torna possível a concentração de todas as ciências. As importações trazem o que falta. As exportações levam o que excede. As negociações viabilizam o lucro. O dinheiro é o meio utilizado para investir em infraestrutura, melhores serviços e mais qualidade que, consequentemente, elevam o bem-estar e provocam melhorias nas condições de vida da sociedade.

Esse é o fluxo que leva ao progresso. Liberdade de pensar diferente. Liberdade de colocar ideias diferentes em prática. Liberdade de fazer das suas ideias combustível para as negociações comerciais. Liberdade de produzir e ser responsável pela geração de riqueza do país. Liberdade de gerar progresso, de ser progresso.

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*Paula Magioni é associada I do Instituto Líderes do Amanhã.