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Lula volta ao hospital, e milhões de brasileiros torcem pelo pior. Não deve ser agradável descobrir que tanta gente te quer morto. Não é também um sentimento bom para quem o tem: desejar a morte dos outros é algo tóxico, mesmo em se tratando de pessoas que julgamos terríveis.
Claro que há um argumento "racional" para isso. Você não gostaria que Hitler morresse antes de trucidar tantas vidas inocentes? O argumentum ad Hitlerum sempre mascara o ódio como sendo "do bem", e sem dúvida: se a pessoa realmente é Hitler reencarnada, fica difícil apresentar um bom contra-argumento.
Muita gente está comemorando o assassinato! Pelo visto, um executivo de uma seguradora de saúde não merece mais viver! Matá-lo é algo desejável, pois ele 'lucra com o sofrimento dos outros'
O problema, claro, é que poucos são como Hitler reencarnado, até mesmo um corrupto safado responsável pela pobreza de tanta gente. Por isso é perigoso justificar o desejo de matar com base nas qualidades ou falta delas no alvo. É justamente o que faziam os petistas com Bolsonaro.
Hélio Schwartsman chegou a escrever uma coluna na Folha de SP com seus "argumentos racionais" de por que seria melhor para o mundo se Bolsonaro simplesmente morresse na pandemia. Essa é a turma que quer "recivilizar" o país e combater o "discurso de ódio".
Mas se é complicado defender o desejo de matar quando se trata de um conhecido crápula que é governante e faz muito mal mesmo ao país, imagina alguém que nem é muito conhecido e não está em cargo de governo algum! É o caso, porém, do que se passa nos Estados Unidos hoje.
Luigi Mangione é o principal suspeito de ter matado o CEO da UnitedHealth, uma empresa grande da área de seguros. De família rica, estudante de boa universidade, Luigi Mangione teve um acidente no surf e ficou com dores crônicas nas costas. Ele parece culpar o setor de saúde por tudo. Sendo este o motivo ou não, a reação de boa parte da esquerda mostra como o tecido social está esgarçado no país.
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Muita gente está comemorando o assassinato cometido por Luigi Mangione! Pelo visto, um executivo de uma seguradora de saúde não merece mais viver! Matá-lo é algo desejável, pois ele "lucra com o sofrimento dos outros". Nada é preciso saber sobre ele em si, tampouco constatar que absolutamente nada vai melhorar no setor após sua morte. É a violência redentora dos jacobinos marxistas!
Essa turba não quer entender o funcionamento do mercado, não compreende que uma seguradora não pode simplesmente aceitar todos os "claims", caso contrário estará falida e fora do negócio, pois não é instituição de caridade. "Saúde é um direito", repetem os socialistas que se recusam a apreender a realidade como ela é.
E, com base nessa ideologia coletivista e "romântica", muitos estão justificando o assassinato de um executivo aleatório, só por ser deste setor. Não importa que ele tenha família, quem ele seja como pessoa, nada disso. É uma revolta difusa contra abstratos, mas que justifica a violência bem concreta contra indivíduos específicos. É dar vazão ao puro desejo de matar, mascarando isso como "justiça social".
Conteúdo editado por: Jocelaine Santos