Por João Luiz Mauad, publicado pelo Instituto Liberal
Por alguma razão que já vem de longe, na equação algébrica que resume as contas de comércio internacional, convencionou-se aplicar às exportações o sinal positivo, enquanto às importações está reservado o sinal negativo. Assim, quando as exportações superam as importações, diz-se que a balança comercial é positiva e vice-versa. Como esse padrão foi estabelecido de forma arbitrária, nada impediria que ele fosse diferente.
Tal convenção, entretanto, exerce grande influência nas análises econômicas. Embora Adam Smith nos tenha ensinado que “o consumo é o fim e único propósito da produção”, muita gente boa, ainda hoje, resiste em aceitar o óbvio. Apesar de, em nossa vida prática, tomarmos com naturalidade o fato de que o trabalho, a produção e a prestação de serviços são meios utilizados para satisfação das nossas necessidades de consumo, muitos teóricos continuam insistindo no contrário.
Mas se sairmos das amarras mercantilistas, que enxergam o dinheiro como o objetivo e a venda de mercadorias e serviços como meios de obtê-lo, veremos facilmente que as importações contribuem tão ou mais efetivamente para o bem estar de uma nação que as exportações. A notícia em destaque, por exemplo, informa que o item que mais cresceu nas importações foi o de bens de capital, vale dizer: investimento na veia. Mas nem isso foi suficiente para para alterar a manchete negativa…
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