Por Larissa Carneiro, publicado pelo Instituto Liberal
Alguns, ou muitos, acreditam que deve haver espaço para um Estado grande e provedor, que somente por meio dele alcançaremos a justiça e a igualdade; mas para que ele exista, o que será que estamos deixando para trás? O que não estamos vendo?
Para começar, o governo, por sua própria natureza, não opera com recursos próprios. Para que ele possa gastar, primeiro ele precisa tributar. Eu gostaria de perguntar: alguma vez algum governante perguntou se você gostaria de pagar impostos? Quando se fala de tributação, ela sempre é feita de forma coercitiva. O Estado faz isso, porque julga ser o único capaz de oferecer uma sociedade justa e igualitária para todos. Ele toma, coercitivamente, dinheiro dos pagadores de impostos para prover serviços, nem sempre essenciais.
A grande maioria dos pagadores de impostos não se opõe a pagar por segurança e por justiça, afinal, foi para isso que o Estado foi construído, para garantir liberdade e propriedade. Mas será que todos nós estamos satisfeitos em pagar por uma educação ineficiente que não alfabetiza? Estamos satisfeitos em pagar por obras bilionárias inacabadas? Estamos satisfeitos em pagar auxílios e auxílios para quem mais nos atrapalha do que ajuda? Estamos satisfeitos com orçamentos bilionários para Universidades Federais paradas em tempos de pandemia?
Em busca de igualdade, o Estado pega dinheiro daqueles que produzem para produzir o céu na Terra. Primeiro, eles tributam, depois descobrem que não foi suficiente. Aí eles tributam todos os dias mais um pouquinho e segue não sendo suficiente. Como eles tentam chegar aonde não alcançam, criam regras. Agora eles não só tributam como criam leis que atrapalham o progresso.
Se eu não consigo garantir saúde pública, eu confisco máscaras. Se eu não ofereço educação de qualidade, eu tabelo preço nas escolas e universidades particulares. Se meu sistema de saúde não funciona, eu obrigo o hospital privado a me vender vagas. Se eu crio burocracias para abertura de novas empresas, obrigo a recontratação de empregados.
E assim vamos vendo que os governantes esquecem diariamente o que já dizia Karl Popper: “a tentativa de trazer o céu para a terra invariavelmente produz o inferno”. Olhe para o fim de um fato consumado e você verá que sempre produziu o contrário do que se esperava dele, se não estivesse estabelecido em primeiro sobre a moralidade e a justiça.
Por isso, eu convido você, leitor, a aprender que sermos ignorantes em economia política é deixarmo-nos ofuscar pelo efeito imediato de um fenômeno. Não aceite mais ser enganado. Não aceite mais ser roubado. Não aceite meia liberdade.
*Larissa Carneiro é associada II do Instituto Líderes do Amanhã e membro do comitê de formação.
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