Os nomes para novo ministro da Justiça e para diretor-geral da Polícia Federal foram escolhidos e constam no Diário Oficial de hoje. André Mendonça, da AGU, vai assumir o cargo de Sergio Moro, e Alexandre Ramagem comandará a PF no lugar de Valeixo.
Ainda nesta segunda, porém, o mais cotado para assumir o lugar de Moro era Jorge Oliveira, o "Jorginho", padrinho de casamento de Eduardo Bolsonaro. Tamanha proximidade com o presidente e sua família acendeu alerta em todos preocupados com as instituições republicanas.
A mídia desceu o sarrafo, com razão. Até porque "Jorginho" não tem tanta experiência, cerca de uma dezena de processos concluídos e poucos anos de OAB. Como assim, um amigão do presidente, com currículo questionável, assumir a importante missão de tocar a Justiça e a Segurança?!
Mas não foi "Jorginho" o escolhido. E a narrativa precisa logo se adaptar, pois bater no presidente é o esporte preferido de muitos jornalistas. Tese conspiratória: o nome de Jorge Oliveira foi jogado justamente para desviar o foco da escolha que interessava, a de Ramagem para a PF. Alternativa: os militares convenceram o presidente de que era uma furada seguir com Jorge. Desespero: atacar o fato de o novo ministro ser... evangélico!
O primeiro caminho foi o escolhido por Carlos Andreazza, da Band:
Já a medida desesperada foi a adotada pelo BR Político, do Estadão, de Vera Magalhães:
O problema era "Jorginho" ser grande amigo da família, padrinho de casamento do filho. Como não foi "Jorginho", mas André Mendonça, então tem que bater em algo: ele é "terrivelmente evangélico". É jornalismo isso ou panfleto partidário contra o governo?
O mais doido é ver o que essa mídia militante enxerga como problemático: não é o sujeito ser próximo de Dias Toffoli, o que realmente preocupa, e sim ele ser evangélico. Ah, esses "jornalistas" da bolha cosmopolita "liberal", que mal conseguem disfarçar seu preconceito...
Bolsonaro parece ter dado uma guinada ao patrimonialismo sim, e toda atenção é pouca para preservar a independência das nossas instituições. Mas o grau de picuinha e partidarismo de boa parte da nossa imprensa chama a atenção, e é contra isso que muitos defensores de Bolsonaro lutam.
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