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Não se cede nem um milímetro a jacobinos
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Virou moda derrubar estátuas agora. Ninguém mais está a salvo. De Colombo a Churchill, passando por Lincoln, Andrew Jackson e Theodore Roosevelt, incluindo George Washington e Thomas Jefferson, cada busto, cada monumento, cada símbolo do passado precisa ser colocado abaixo pelos revolucionários.

Alguns olham assustados para onde a coisa chegou, mas ignoram que foram parte do problema. Todo aquele que tentou "compreender" a indignação dos "ofendidos", que chegou quase a aplaudir no começo quando "escravocratas" eram alvos dos ataques, tem culpa no cartório. Criaram monstros.

Não dá para ser compreensivo com gente tão ingrata e intolerante. Não dá para sequer mostrar disposição de "dialogar" com quem acha que o passado é um rastro de sangue e opressão imposto por homens brancos malvados.

No fundo, é disso que se trata: a campanha difamatória da extrema esquerda para pintar o Ocidente em geral e a América em particular como um legado tenebroso de que todos deveriam sentir vergonha e se desculpar.

João Pereira Coutinho resumiu bem: "Não há paixão mais funesta do que a paixão que sentimos pela nossa própria virtude. Que o digam os novos zelotes do momento, que pretendem submeter a história, a arte, o pensamento e todas as opiniões heterodoxas ao julgamento inquisitorial do presente."

Mimados que não toleram a ambiguidade, o contexto da época, e que se sentem almas puras representam enorme perigo se alimentados por covardes dispostos a concessões indevidas em nome do politicamente correto. Esquerdistas moderados que querem lacrar e acendem vela para esses radicais são parte do problema.

Os democratas, enfim, têm suas impressões digitais em cada estátua vandalizada, em cada monumento destruído. Foi sua narrativa, afinal, que nos trouxe até aqui. Foram figuras como Howard Zinn e Noam Chomsky que, ao longo de décadas, minaram o respeito ao legado histórico ocidental. Esses jovens jacobinos e baderneiros são fruto do radicalismo em sala de aula, na academia, na mídia.

O WSJ descreve este como o "momento jacobino da América" em seu editorial de hoje: "Descrevemos isso como um momento jacobino, porque tem o fervor e o julgamento indiscriminado da mente revolucionária. A guilhotina não está em uso, mas o impulso é o mesmo para destruir carreiras, meios de subsistência e reputações. A onda de renúncias, demissões e desculpas forçadas de instituições grandes e pequenas está se movendo tão rápido que é difícil acompanhar".

São os tais "cancelamentos" que vemos nas redes sociais, a patrulha cobrando explicações de empresas o tempo todo, obrigando todos a se curvarem diante do politicamente correto e sua tirania intransigente. Os movimentos raciais e feministas impõem padrões únicos de comportamentos, em nome das "minorias", e por trás de grupos como o Black Lives Matter há puro marxismo ressentido, nada mais.

Mas os "tucanos" (democratas) quase pedem desculpas, precisam ser aceitos, e assim demonstram tolerância ímpar com os intolerantes de esquerda, o que jamais fizeram ou fazem com aqueles de direita. Mas isso é como pagar por uma chantagem, o que nunca sacia o chantagista. Você se torna refém para sempre, e o algoz vai extorquir cada vez mais, exigir o braço após a mão, o corpo após o braço, a alma após o corpo!

Como diz o editorial do WSJ: "Eles não vão parar sozinhos porque sua campanha é essencialmente sobre poder e controle, e eles precisam de novos vilões. Mas, ao marchar para as instituições progressistas, também estão devastando os valores liberais da liberdade de expressão, do debate democrático e da tolerância cultural".

O WSJ sabe muito bem quem são os principais responsáveis pela bagunça: "Alguém tem que parar com isso, e acima de tudo isso significa o establishment progressista. Os líderes de universidades, fundações, museus, mídia e empresas precisam aproveitar sua autoridade moral remanescente para defender uma sociedade liberal. Existe o risco de alguém que se manifestar, mesmo que razoavelmente, se torne um alvo da máfia. Mas se um ou dois lideram, talvez outros o sigam".

Quem tem coragem, porém? Estão assustados, mas aceitam as premissas básicas dos jacobinos, pois foram eles que as criaram! Os radicais apenas as levaram às últimas consequências. Será tarde demais? Ninguém sabe. Mas fica o alerta: quando se flerta com o niilismo, é o abismo que olha de volta. Quem cria corvos acaba com os olhos devorados...

PS: Enquanto estátuas de Colombo e Washington são derrubadas, uma estátua de Lenin, o psicopata genocida comunista, foi erguida na Alemanha. Essa os jacobinos não vão derrubar, claro.

PS2: Desnecessário dizer que a revolta com o "passado escravista" é bem seletiva. Os que alegam combater o racismo não vão derrubar estátuas ou queimar livros de Karl Marx, um racista tosco, tampouco de Che Guevara, outro tremendo racista. O "racismo" que condenam é só da suposta direita...

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