Vocês lembram da história do laptop de Hunter Biden, filho do atual presidente americano? Hunter é um típico filhinho de papai corrupto, que sempre usou seu sobrenome e a influência do então senador para se dar bem na vida sem fazer nada. Ele sentava no conselho de uma empresa de energia ucraniana sem entender nada do assunto e recebia $50 mil por mês, para ficar num exemplo.
Hunter também teve problemas com drogas e foi expulso do meio militar. Enfim, é aquele típico playboy problemático que só traz problemas para o pai - mas também muito dinheiro. Joe Biden, afinal, foi senador pela vida toda, mas se tornou um homem muito rico. Muitos imaginam que era Hunter Biden e seu tio, o irmão de Joe, que faziam o trabalho sujo por baixo dos panos.
Pois bem: Hunter levou um laptop para uma loja de conserto em Delaware, e acabou esquecendo o computador lá. Nada anormal em se tratando de um viciado. Após dois anos, e com tentativas frustradas de devolver o computador, o dono acabou entregando para o FBI. O que vazou dali era coisa muito grave, que comprometia Joe Biden ao expor essas relações obscuras da família com chineses, russos e ucranianos.
O que fez a velha imprensa? Tratou o caso com muito ceticismo, aventando a possibilidade de ser um esforço russo de desinformação para ajudar Trump na reeleição. As redes sociais embarcaram na mesma linha. O Facebook colocou um "Shadow Banning" no tópico, ou seja, uma censura parcial que retirava o engajamento de notícias ou comentários atrelados ao caso.
Era cautela até a checagem dos fatos, alegavam todos. Os mesmos, vale notar, que mergulharam de cabeça na mentira do conluio de Trump com os russos, tema martelado incessantemente na mídia por mais de três anos. Ali, pelo visto, não houve o mesmo critério rigoroso de aguardar uma checagem dos fatos. Trataram como verdade estabelecida o que era um "hoax" produzido pelos democratas.
O duplo padrão salta aos olhos. Os militantes democratas disfarçados de jornalistas não ousavam questionar Biden sobre o tema durante a campanha, que ele passou quase toda escondido num porão. Os poucos que arriscaram perguntas receberam cortes do então senador, afirmando que não havia nada, absolutamente nenhum resquício de evidência, de qualquer malfeito de seu filho. Tudo não passava de campanha de desinformação dos russos...
Até que o NYT divulgou esta semana uma enorme reportagem sobre Hunter Biden, focada em seus problemas com o IRS, a Receita Federal americana. O foco da matéria é este, e o título ainda retrata o filho do atual presidente como alguém razoavelmente correto, uma vez que ele pagou seus impostos, mesmo que atrasados.
Lá no meio da longa reportagem, no parágrafo vinte e quatro para ser mais preciso, o NYT solta a informação de que fontes do FBI atestaram a veracidade dos emails obtidos no laptop de Hunter Biden. Assim, como quem não quer nada, o jornal de esquerda solta a bomba sem destaque. Qualquer pessoa sensata esperaria que este fosse o foco, e a chamada mais correta daria atenção a isso.
Por meses Biden negou tudo e a imprensa mordeu a isca. E eis que o NYT, principal jornal democrata, admite que o laptop é real, mas de forma tão discreta que passa quase imperceptível. Depois querem saber por que essa velha imprensa não goza mais de qualquer credibilidade. É tão difícil assim compreender?
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