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Durante décadas, a esquerda contou com uma quase hegemonia na imprensa. Por isso, podia determinar os limites do "debate" político, em que a esquerda tucana era considerada a ala mais extrema à... direita. Num jogo de cartas marcadas, ninguém precisava realmente lidar com o contraditório. Tudo isso mudou com as redes sociais.

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Chico Buarque descobriu finalmente que não era unanimidade ou quase um deus como os cadernos de "cultura" dos grandes jornais o pintavam. Toda a imagem deliberadamente criada e cultivada pelos militantes esquerdistas foi abaixo e, como num efeito dominó, um a um dos ícones foram sendo ridicularizados e expostos. E claro, Bolsonaro foi eleito.

A patota não está sabendo lidar com o fenômeno. Incapaz de vencer nos debates ou nas urnas, passou a demonizar ainda mais a "extrema direita", e sem qualquer pudor tenta calar todo conservador nas redes sociais, por meio de censura, boicote ou intimidação.

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No desespero, apelam para figuras como Felipe Neto e Anitta, no afã de trazer junto para sua cruzada a molecada fã dessa gente por razões que nada têm a ver com política. O resultado é patético, mas convenhamos: hilário. Vejam, por exemplo, a "live" do deputado Alessandro Molon com a cantora:

Será que a professora foi aquela Gabi, que era humilhada pelo Caio Coppolla diariamente na CNN até pedir "arrego"? Como a turma acaba massacrada nas redes sociais, comemora inquérito ilegal de Supremo, censura escancarada e até a desmonetização dos oponentes:

A extrema esquerda não esconde seu autoritarismo e seu desejo de anular adversários, já que não são capazes de debater. Querem destruir a vida dos outros, tornar inviável seu sustento, e chamam a isso de "combate ao fascismo". Quem é o fascista, afinal? Mas como tudo se resume à narrativa, o jogo segue sujo:

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Deputada, entendo o desejo de lacrar, mas não são fatos, e sim versões (ou fofocas), e quem tem testado os limites da nossa democracia é o STF arbitrário. Sei que a senhora não liga, mas o público fora da bolha percebe o truque. Pode acreditar! Por isso vocês precisam de projeto de lei autoritário contra "Fake News". Já essas escancaradas mentiras passam, pois agrada a patota:

Aliás, a trajetória é previsível, pois tem método. A turma começa surfando a onda direitista, depois vira antibolsonarista histérico, e acaba torcendo para a esquerda radical mesmo:

Aí somos obrigados a ver "liberal" festejando quando rede social censura mensagens do Trump, ainda que sob escancarado duplo padrão:

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Que "coragem" das empresas que controlam as redes sociais, não é mesmo? Mesmo diante de todo esse esforço, porém, Trump segue com chances reais de ser reeleito, e Bolsonaro continua resgatando popularidade:

Alô, esquerda caviar! Alô, radicais de centro! Queria só avisar que, como bom capitalista que sou, vendo lenços. O choro, afinal, é livre! Mas calma, pois tudo vai mudar. A esquerda tem seu trunfo secreto, o sujeito que imita foca e finge ser mais novo do que é para seduzir o público infantil. Sobre isso, Guilherme Macalossi comentou em coluna recente:

Apesar da capacidade comunicativa invejável e seu público nas redes sociais, o fato é que Felipe Neto expressa opiniões que continuam sendo rejeitadas ou ignoradas pela maioria da população. O movimento “Ele Não” falhou miseravelmente em seu propósito de evitar a eleição de Bolsonaro porque não compreendeu o que se passava na sociedade e subestimou a capacidade do atual presidente em verbalizar esse sentimento.

A ideia de que todo eleitor e apoiador de Bolsonaro é um fascista ou um manipulado por informações falsas é a gênese do divórcio da esquerda com a realidade. E é esse tipo de visão pedestre que baliza muitas das opiniões de tipos como Felipe Neto.

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[...] Goste você ou não do governo, o fato é que, na atual circunstância, uma fatia considerável, e talvez majoritária, de nossa sociedade, não veja alternativa viável ao que está aí, seja pela esquerda, seja pelo centro. E, certamente, não serão imitações de foca ou pautas que cativam apenas bolhas de lacração a mudar isso. A oposição felipenetista está fadada ao fracasso.

A esquerda se fechou em sua bolha e não consegue mais se reconectar com o povo. Em Esquerda Caviar, dissequei um tipo comum: elite branca, herdeira, culpada, que vira "lacradora" para se sentir bem, achando que defende as "minorias", os "indígenas e negros", os pobres, pedindo mais imposto sobre os "ricos", pois nunca teve que trabalhar pra valer na vida. Esses são os ícones da "resistência ao fascismo" hoje. É uma piada!

E como várias máscaras caíram nessa pandemia, resta aos que se passavam por liberais e foram desmascarados como nova esquerda tentar atrair a garotada mesmo, na onda do imitador de foca:

Agora sim, Bolsonaro cai!

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