Por Leonardo Correa, publicado pelo Instituto Liberal
No passado escrevi que o grande embate seria entre os amantes da liberdade e os coletivistas de todos os gêneros, tipos e espécies. Afastando-se o véu da aparente dicotomia entre esquerda e direita, é justamente isso o que estamos vivendo. Na verdade, ambos os polos são pautados pelos que querem apenas tolher a liberdade e exercer o poder.
Por trás dos rótulos, escondidos em platitudes insuportáveis, indivíduos perversos promovem agendas ignóbeis que objetivam preservar um conflito eterno, capaz de viabilizar a promoção de uma guerra fria pela imposição momentânea de sua visão de mundo aos demais. Isso é feito usando uma espécie cabo de guerra social, que amplifica um comportamento tribal de batalha eterna, alimentando e insuflando os torcedores dos dois lados.
O palco dessa batalha e a sua glória estão no Estado, com todo o seu aparato coercitivo e repressivo. Ambos os lados se portam como ungidos e fingem proteger bandeiras ideológicas, mas, a bem da verdade, eles têm apenas um desejo: restringir a liberdade para continuar em sua eterna luta pelo poder.
Homens livres são capazes de coisas sensacionais e maravilhosas. Inclusive — e principalmente — promover um ambiente onde seja possível questionar os dogmas promovidos e propostos pelos dois lados desse cabo de guerra. Mais ainda! Eles podem, eventualmente, até romper o cabo, deixando os extremistas caídos no chão, criando um ambiente de debates legítimos, pertinentes e honestos.
Que força poderosa… Por isso, os amantes da liberdade são combatidos fortemente pelos coletivistas. Estes indivíduos que desejam exercer controle sobre os demais e se alimentam da discórdia. Eles não querem que ninguém possa expressar livremente suas ideias, apenas um discurso alinhado com seus respectivos objetivos. E não querem que ninguém atrapalhe o seu jogo asqueroso, que precisa ser preservado a todo custo.
O que fazer para se defender deles? Deve-se, inicialmente, entender que seu jogo pressupõe a existência e manutenção de ambos. Todo o discurso maniqueísta que inflama as torcidas organizadas só se sustenta caso os times sobrevivam e na hipótese de conseguirem preservar o jogo do cabo de guerra.
Enquanto as massas forem manipuladas por essa falsa dicotomia, nunca seremos verdadeiramente livres. É preciso aceitar que os inimigos da liberdade são tanto de direita quanto de esquerda e, atualmente, ambos juram defender a democracia. Mais uma palavrinha que — assim como direita e esquerda — vem perdendo o sentido. Preservar o sentido clássico das palavras é uma das lutas mais ferrenhas que precisamos travar.
Por fim, é bom lembrar que há outros jogos além do cabo de guerra. É possível buscar alguns que possam promover a interação entre as pessoas e, talvez, gerar alguma espécie de cooperação. Entre os extremos há um oceano de oportunidades.
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