A esquerda sempre acusa seus adversários daquilo que faz. Durante quatro anos, a velha imprensa bateu na tecla de um suposto gabinete do ódio bolsonarista. Seriam as tais "milícias digitais" que a família do ex-presidente controlaria, coordenando postagens de inúmeros influenciadores de direita.
Um jornalista, hoje sumido, cunhou a expressão "blogueiros de crachá", e o Estadão fez uma "reportagem" sobre os imaginados elos entre vários nomes importantes do conservadorismo, ignorando por completo a possibilidade de adesão voluntária: repercurtir matérias com temas sensíveis não demonstra cadeia de comando hierárquico, muito menos ordem de cima e pagamento ilegal.
Depois de anos de investigação, muita censura, algumas vidas destruídas e nenhum recuo da mídia em sua narrativa, absolutamente nada ficou comprovado sobre o tal gabinete do ódio. Parece que conservadores conversam entre si e, de forma orgânica, divulgam textos ou memes que são alinhados ao que acreditam. Um "crime" terrível no país da tirania esquerdista.
Mas eis que, agora, parece claro existir mesmo um tal gabinete do ódio. Só que da esquerda lulista! Daniel Penin fez um vídeo sobre a Mynd, uma das maiores agências de mídia social do país, levantando suspeitas sobre ligações diretas com o presidente Lula. A CEO Fatima Pissarra "fez o L" e comanda um time gigantesco de influenciadores, quase todos de esquerda. Sua agência recebeu dinheiro milionário do governo. Após a repercussão do dossiê, contas estão sendo apagadas no Twitter.
Leandro Ruschel comentou: "Foi necessária a morte de uma menina inocente, vítima das mentiras do verdadeiro Gabinete do Ódio e da Milícia Digital, para revelar uma rede comandada por esquerdistas, que aliciaram um exército de artistas, influenciadores e subcelebridades, todos eles eleitores do "L", lucrando centenas de milhões de reais para espalhar não apenas fofocas e outros conteúdos inúteis - o que é reprovável, porém não é crime -, mas também calúnias e difamações". Ruschel não mostra otimismo, porém, quanto aos caminhos legais para investigar o troço:
Ou seja, a esquerda fez tudo que acusa a direita de fazer, e muito mais, sem qualquer implicação legal. Quando outro aparelho digital da extrema-esquerda, o Sleeping Giants, passou a ser investigado pelas suas táticas de difamação e perseguição contra a direita, o Supremo prontamente interveio e arquivou o inquérito. Apostaria meu dedinho que esse será o mesmo destino do caso Mynd, se é que ele chegará a ser investigado de fato. O silêncio da militância de redação sobre o gigantesco escândalo demonstra que ela é cúmplice, e toda a conversa sobre combater o ódio e as mentiras na rede é um engodo que serve apenas para censurar seus opositores e assumir a hegemonia da comunicação. Além disso, está claro, pela enésima vez, o duplo padrão da Justiça, que persegue sistematicamente um lado do espectro político, enquanto dá carta branca para o outro lado fazer o que quiser.
O deputado Nikolas Ferreira apontou para o sumiço de várias páginas, inclusive a de Gregorio Duvivier, e questionou: "Fuga em massa da esquerda da internet? Estão querendo esconder algo? Será que tocamos no ponto sensível? Sinto que é só a pontinha do iceberg". Mas claro que Alexandre de Moraes não vai mandar a Polícia Federal investigar nada, pois prefere dedicar sem tempo e sua energia no combate aos "golpistas bolsonaristas" imaginários.
Ao que tudo indica, a esquerda radical lulista contava com uma ampla rede de mentiras e fofocas, promovendo assassinato de reputação e pautas socialistas, tudo com coordenação centralizada e dinheiro público. Há uma vítima fatal desse aparato podre, uma jovem de 22 anos de cometeu suicídio após a onda de Fake News espalhada por essas páginas esquerdistas.
Mas, como já descobrimos no caso do Clezão, nem mesmo um cadáver é capaz de mobilizar a imprensa a fazer seu trabalho de jornalismo. Afinal, o consórcio vencedor está todo unido numa aliança nefasta com o sistema podre e carcomido. O alvo é sempre a direita. Mesmo que seja preciso inventar crimes. Mesmo que seja necessário jogar para conservadores aquilo que a esquerda faz.
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