Dizem que o país está dividido, polarizado, mas cabe perguntar, em especial após o 7 de setembro micado, vazio, às moscas: onde está a outra metade? Em 2022, o feriado de 7 de setembro reuniu milhões nas ruas do país. Eu sei, pois vi as imagens e estava lá, em Copacabana, sendo tratado como celebridade de Hollywood por gente simples, que veio do Brasil todo.
Essa multidão estava feliz, com verde e amarelo, com suas famílias inteiras, todos celebrando o patriotismo, a esperança num futuro melhor e pedindo respeito à Constituição. A velha imprensa nos chamava de "fascistas", de "golpistas" e de "extrema direita". Éramos apenas cidadãos comuns sonhando com um país realmente do futuro, com respeito às leis e punição aos corruptos.
Mas o ladrão voltou à cena do crime, como diria Alckmin. Após um malabarismo supremo, Lula ficou elegível e, com a ajuda de um TSE partidarizado, venceu pelas urnas eletrônicas. Mais de 60 milhões de votos! Aí gasta milhões para a festa patriota, e acena para o nada, para ninguém.
Um evento com "autoridades", com chefes de Poderes (nem todos, pois Arthur Lira, presidente da Câmara, não foi), mas sem povo. Os institutos de pesquisa dizem que a popularidade do governo vai bem, mas onde estão seus apoiadores? O clima era de velório. Uma festa para políticos e funcionários públicos, sem qualquer resquício de povo. Popular?
Os jornais alinhados falam em "volta à normalidade". Talvez. Afinal, o normal no Brasil sempre foi a casta política no comando e o povo na sarjeta, ignorado. Ocorre que o gigante despertou, que o povo tomou consciência de seus direitos e de seu poder, e não aceita mais esse papel de palhaço. O povo não acha graça em humorista censurado e bandido perdoado por ex-advogado com caneta suprema.
O teste das ruas é o grande choque de realidade que desespera os propagandistas do desgoverno. Eles pregam uma "democracia" de gabinete, tocada pelos "ungidos", pelos "iluminados", mas sem levar em conta a opinião popular. Para ter "governabilidade", abrem os cofres do orçamento secreto, agora rebatizado com eufemismo, para atrair o centrão fisiológico. Parece prostituição. Pois é.
A união entre esquerda radical, STF, mídia e centrão prostituído forma a aliança desta volta à normalidade. Os militares melancias observam tudo, alguns com constrangimento, mas prestam continência para comunista corrupto. O Brasil tem finalmente paz e harmonia - ao menos para os donos do poder. O povo é uma pedra no sapato, um entrave incômodo que precisa de "extirpado" da equação.
Todo regime comunista agiu da mesma forma: desfiles para autoridades e povo intimidado, acuado, com medo de reagir. O comunismo não precisa do povo, eis a triste verdade. E não resta dúvida de que este foi a grande figura ausente nas comemorações em tom fúnebre desta "Independência". Até a esquerdista Amanda Klein admitiu: não tinha povo ali.
Com dezenas de mortos no Rio Grande do Sul, pelas calamidades naturais, Lula achou adequado, após a cerimônia esvaziada de gente, pegar um avião e se mandar do país uma vez mais. Janja, deslumbrada, quer rodar o mundo todo, pelo visto. Imaginem se fosse Jair Bolsonaro fazendo isso!
Mas a imprensa está domesticada, adestrada, bem paga. Preferiu dar destaque à "volta da normalidade" no feriado. Um feriado sem povo na rua. Num país dividido. Então cabe perguntar: onde está a outra metade?
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