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Rodrigo Constantino

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Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Os desafios de Trump para sua reeleição

In this July 17, 2019, photo, President Donald Trump arrives to speak at a campaign rally at Williams Arena in Greenville, N.C. (AP Photo/Carolyn Kaster) (Foto: AP)

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As pesquisas mostram Joe Biden à frente de Donald Trump na corrida presidencial, mas as pesquisas erraram feio em 2016. Não obstante, é real o desafio do presidente republicano para ser reeleito. Ele enfrenta ataques orquestrados sem precedentes, e precisa saber lidar bem com a situação.

Um artigo interessante que aborda cinco questões-chave para a eleição foi escrito por Conrad Black para o American Greatness, e vale para nossa reflexão. Para o autor, a plataforma do Partido Democrata consiste na exploração da histeria pública com a pandemia, na criação de um caos urbano sem lei, na redistribuição econômica marxista e na adoção de uma imigração ilegal ilimitada. Trump tem que rebater cada ponto com precisão. Eis, então, as 5 perguntas que surgem:

  1. O presidente pode anular a estrondosa campanha da mídia democrata para aterrorizar o país por causa do coronavírus?
  2. O presidente pode conectar com sucesso a campanha de Joe Biden aos baderneiros, racistas anti-brancos e guerrilheiros urbanos que efetivamente estão sendo encorajados pelos corruptos prefeitos democratas de muitas das maiores cidades do país?
  3. A recuperação econômica e o declínio do desemprego gerado pela paralisa do COVID-19 continuarão em seu ritmo recente e fortalecerão a economia como argumento eleitoral pró-Trump?
  4. Os republicanos deixarão suficientemente claro para o país as implicações autoritárias e marxistas do documento de união entre Biden e Sanders?
  5. John Durham indiciará membros seniores do governo Obama por lidar com a alegação espúria de conluio entre Donald Trump e o governo russo nas eleições de 2016 e violações do Departamento de Justiça da Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira (FISA)?

A última questão não depende de Trump, mas as quatro primeiras sim. Trump tomou ações rápidas logo no começo da pandemia, vetando voos da China, por exemplo, o que gerou reação estridente dos democratas, que o acusaram de "xenófobo". Ele escutou os especialistas da área, como o Dr. Fauci, aceitando a tese de "achatar a curva". E mostrou habilidade de gestão ao fazer equipamentos essenciais chegarem aos estados com maior necessidade.

Nada disso importa para a mídia, claro, que o pinta como basicamente o responsável pela crise, enquanto elogia os governadores democratas dos estados com os piores resultados, como Nova York. A politização da pandemia é gritante, e Trump precisa inverter a narrativa. "O que é necessário é uma campanha de relações públicas em grande escala, incluindo o filme do presidente nos principais locais de distribuição e centros médicos", diz Black.

Já sobre o aspecto da violência urbana, a mídia tenta uma vez mais culpar Trump pelo caos, chegando a descrever os baderneiros como pacifistas só para condenar a força nacional enviada para conter o caos. Trump tem acusado os democratas por seu elo com esses anarquistas, e precisa fazer essa mensagem chegar ao grande público.

Quase toda semana Trump tuíta "Lei e Ordem", e busca associar, corretamente, a campanha de reduzir recursos policiais ao Partido Democrata. Bill de Blasio, um radical esquerdista, conseguiu reverter todas as conquistas de Rudolph Giuliani e Michael Bloomberg em NY, mas é protegido pela mídia. Chicago virou uma espécie de Baixada Fluminense, com dezenas de baleados por fim de semana, e é crucial Trump traçar a causalidade entre essas catástrofes e as bandeiras democratas.

Sobre a economia, que era sem dúvida o grande trunfo de Trump, tudo depende da velocidade da recuperação e de como o presidente fará para expor a incoerência dos democratas. Eles tentaram se vender como os inimigos do coronavírus, fingindo que não eram os maiores beneficiários políticos da pandemia, e tentam ficar com os louros dos programas de auxílio emergencial. Trump precisa expor a farsa.

Se a corrida fosse contra Sanders, tudo que Trump teria de fazer é repetir que a América nunca será socialista. Seria um plebiscito sobre seu oponente, não sobre ele, e a vitória seria quase certa. Já Biden "não fede nem cheira", é o rei das gafes, mas tido como um velho moderado e experiente. Os democratas o colocaram num bunker, num sarcófago escondido, pois aí o plebiscito passa a ser sobre Trump, e sua figura um tanto tóxica para mães do subúrbio pode pesar contra.

Cabe a Trump demonstrar que Biden é a face mais amena de uma carranca radical, expondo o acordo entre Biden e Sanders. A imagem pode ser do ex-vice de Obama, mas o programa é do socialista. Como explica Black:

Uma vitória do Partido Democrata prejudicaria o livre mercado, estrangularia a tradição americana de ganhar mobilidade social, compraria votos com cinismo e extravagância sem precedentes e entrincheiraria um regime de redistribuição socialista da riqueza que nunca atraiu apoio público significativo em nenhum lugar dos Estados Unidos.

A esquerda democrata cada vez mais representa a visão antiamericana no país, cuspindo no legado de seus fundadores, derrubando estátuas, pregando o coletivismo e a igualdade de resultados independentemente de mérito. É uma visão incompatível com a trajetória de sucesso da nação. Cabe a Trump comunicar sem rodeios essa mensagem ao grande público. Se fizer isso com habilidade, será reeleito. Para desespero, uma vez mais, da mídia esquerdista.

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