In this July 17, 2019, photo, President Donald Trump arrives to speak at a campaign rally at Williams Arena in Greenville, N.C. (AP Photo/Carolyn Kaster)| Foto: AP
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As pesquisas mostram Joe Biden à frente de Donald Trump na corrida presidencial, mas as pesquisas erraram feio em 2016. Não obstante, é real o desafio do presidente republicano para ser reeleito. Ele enfrenta ataques orquestrados sem precedentes, e precisa saber lidar bem com a situação.

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Um artigo interessante que aborda cinco questões-chave para a eleição foi escrito por Conrad Black para o American Greatness, e vale para nossa reflexão. Para o autor, a plataforma do Partido Democrata consiste na exploração da histeria pública com a pandemia, na criação de um caos urbano sem lei, na redistribuição econômica marxista e na adoção de uma imigração ilegal ilimitada. Trump tem que rebater cada ponto com precisão. Eis, então, as 5 perguntas que surgem:

  1. O presidente pode anular a estrondosa campanha da mídia democrata para aterrorizar o país por causa do coronavírus?
  2. O presidente pode conectar com sucesso a campanha de Joe Biden aos baderneiros, racistas anti-brancos e guerrilheiros urbanos que efetivamente estão sendo encorajados pelos corruptos prefeitos democratas de muitas das maiores cidades do país?
  3. A recuperação econômica e o declínio do desemprego gerado pela paralisa do COVID-19 continuarão em seu ritmo recente e fortalecerão a economia como argumento eleitoral pró-Trump?
  4. Os republicanos deixarão suficientemente claro para o país as implicações autoritárias e marxistas do documento de união entre Biden e Sanders?
  5. John Durham indiciará membros seniores do governo Obama por lidar com a alegação espúria de conluio entre Donald Trump e o governo russo nas eleições de 2016 e violações do Departamento de Justiça da Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira (FISA)?
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A última questão não depende de Trump, mas as quatro primeiras sim. Trump tomou ações rápidas logo no começo da pandemia, vetando voos da China, por exemplo, o que gerou reação estridente dos democratas, que o acusaram de "xenófobo". Ele escutou os especialistas da área, como o Dr. Fauci, aceitando a tese de "achatar a curva". E mostrou habilidade de gestão ao fazer equipamentos essenciais chegarem aos estados com maior necessidade.

Nada disso importa para a mídia, claro, que o pinta como basicamente o responsável pela crise, enquanto elogia os governadores democratas dos estados com os piores resultados, como Nova York. A politização da pandemia é gritante, e Trump precisa inverter a narrativa. "O que é necessário é uma campanha de relações públicas em grande escala, incluindo o filme do presidente nos principais locais de distribuição e centros médicos", diz Black.

Já sobre o aspecto da violência urbana, a mídia tenta uma vez mais culpar Trump pelo caos, chegando a descrever os baderneiros como pacifistas só para condenar a força nacional enviada para conter o caos. Trump tem acusado os democratas por seu elo com esses anarquistas, e precisa fazer essa mensagem chegar ao grande público.

Quase toda semana Trump tuíta "Lei e Ordem", e busca associar, corretamente, a campanha de reduzir recursos policiais ao Partido Democrata. Bill de Blasio, um radical esquerdista, conseguiu reverter todas as conquistas de Rudolph Giuliani e Michael Bloomberg em NY, mas é protegido pela mídia. Chicago virou uma espécie de Baixada Fluminense, com dezenas de baleados por fim de semana, e é crucial Trump traçar a causalidade entre essas catástrofes e as bandeiras democratas.

Sobre a economia, que era sem dúvida o grande trunfo de Trump, tudo depende da velocidade da recuperação e de como o presidente fará para expor a incoerência dos democratas. Eles tentaram se vender como os inimigos do coronavírus, fingindo que não eram os maiores beneficiários políticos da pandemia, e tentam ficar com os louros dos programas de auxílio emergencial. Trump precisa expor a farsa.

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Se a corrida fosse contra Sanders, tudo que Trump teria de fazer é repetir que a América nunca será socialista. Seria um plebiscito sobre seu oponente, não sobre ele, e a vitória seria quase certa. Já Biden "não fede nem cheira", é o rei das gafes, mas tido como um velho moderado e experiente. Os democratas o colocaram num bunker, num sarcófago escondido, pois aí o plebiscito passa a ser sobre Trump, e sua figura um tanto tóxica para mães do subúrbio pode pesar contra.

Cabe a Trump demonstrar que Biden é a face mais amena de uma carranca radical, expondo o acordo entre Biden e Sanders. A imagem pode ser do ex-vice de Obama, mas o programa é do socialista. Como explica Black:

Uma vitória do Partido Democrata prejudicaria o livre mercado, estrangularia a tradição americana de ganhar mobilidade social, compraria votos com cinismo e extravagância sem precedentes e entrincheiraria um regime de redistribuição socialista da riqueza que nunca atraiu apoio público significativo em nenhum lugar dos Estados Unidos.

A esquerda democrata cada vez mais representa a visão antiamericana no país, cuspindo no legado de seus fundadores, derrubando estátuas, pregando o coletivismo e a igualdade de resultados independentemente de mérito. É uma visão incompatível com a trajetória de sucesso da nação. Cabe a Trump comunicar sem rodeios essa mensagem ao grande público. Se fizer isso com habilidade, será reeleito. Para desespero, uma vez mais, da mídia esquerdista.