Na distopia de George Orwell, guerra é paz e escravidão é liberdade. E como a arte imita a vida real, no mundo comunista acontece a mesma coisa: o leninismo ensinou seus discípulos a inverter tudo, acusando seus inimigos diante de um espelho. É por isso que a esquerda que odeia a democracia acusa seus adversários de "fascistas" e "antidemocráticos". O sujeito defende a tirania cubana há décadas, mas posa de democrata!
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Na eleição americana desta semana vimos o fenômeno se repetir. O partido que apontou sua candidata sem um único voto popular nas primárias quer dar lições sobre democracia aos oponentes, mas se mostra inconformado com a derrota nas urnas – inclusive no voto popular. Para um típico esquerdista, a "democracia" só vale quando a esquerda vence. Mas, como diria Zagalo, eles vão ter que engolir Donald Trump de qualquer jeito.
A lição que a direita precisa tirar da volta espetacular de Trump ao poder é a força da resiliência, a necessidade de se criar coalizões mais abrangentes, sem abandonar os princípios conservadores, e de fazer uma campanha inteligente
No Brasil supremo, aqueles que promovem censura, perseguição política, parcialidade institucional para favorecer um lado da disputa e até prisões arbitrárias alegam estar fazendo isso tudo – coisa de ditadura – para "salvar a democracia". Afinal, o bolsonarismo seria sinônimo de "fascismo", então vale tudo para derrotá-lo.
Talvez como efeito da vitória de Trump, porém, já tivemos um militante disfarçado de jornalista saindo do seu emprego, após ter escrito a "reportagem" falsa que serviu de pretexto para a prisão arbitrária de Filipe Martins, e agora temos o próprio Bolsonaro publicando um texto de opinião na Folha de SP, antro esquerdista. O ex-presidente defende justamente a democracia contra seus algozes, aqueles mascarados de ovelhas democratas:
Nos lugares onde o povo tem sido chamado a opinar, a maioria escolhe a ordem, o desenvolvimento, o progresso, a liberdade econômica, a liberdade de expressão, o respeito às famílias e à religião, o patriotismo. São as bandeiras que nós, da direita, vimos levantando há anos, mesmo sob graves ameaças autoritárias. Nada consegue conter a onda conservadora. Nem a censura, nem os cancelamentos, nem o boicote econômico, nem as perseguições policiais, nem as longas, arbitrárias e injustas prisões.
A resistência e a resiliência da direita têm uma razão muito simples: nossas bandeiras, mesmo sob ataque do grosso dos veículos de comunicação e de seus jornalistas, expressam os sentimentos e anseios mais profundos da maioria da sociedade. E nenhuma medida administrativa ou repressiva tem sido capaz de modificar essa tendência. Pois, quando uma ideia ganha a alma do povo, é inútil tentar matá-la simplesmente por meio da violência.
Diante desta realidade, o esforço da imprensa esquerdista consiste em pintar a direita como antidemocrática, mas o resultado tem sido péssimo. Em desespero, a esquerda autoritária clama por uma ditadura disfarçada, pregando a concentração de poder numa junta jurídica, em vez de militar, para uma espécie de golpe velado. Bolsonaro aponta para esse aspecto:
Esses são os que se apresentam como "democratas", autonomeados "salvadores da democracia", uma democracia que pisoteiam quando podem. Além do mais, vivem numa realidade paralela, ilhados dentro das suas bolhas, afastados do povo e dos trabalhadores que um dia disseram representar. São incapazes de compreender que não é possível, a não ser numa ditadura absoluta, impedir a manifestação da vontade popular, da qual os líderes são apenas portadores. Se suprimirem um líder, outro aparecerá.
Mas o pânico que bate na esquerda a leva ao esforço contínuo de controlar o que não é controlável, a menos que se instaure no país uma ditadura totalitária. Gleisi Hoffmann, presidente do PT, já prega abertamente a censura, alertando que sem "regulação" das redes sociais a esquerda vai continuar apanhando nas urnas. O simples fato de Bolsonaro publicar um texto desses na Folha, um jornal de esquerda, levou os esquerdistas ao desespero. Leandro Ruschel comentou:
O mais interessante é observar a reação da esquerda, ironicamente comprovando o ponto do texto: a força política que ameaça a democracia é a esquerda. Seu objetivo é o poder hegemônico, através da censura e da perseguição dos seus opositores.
A lição que a direita precisa tirar da volta espetacular de Trump ao poder é a força da resiliência, a necessidade de se criar coalizões mais abrangentes, sem abandonar os princípios conservadores, e de fazer uma campanha inteligente, estratégica e voltada para as questões concretas que importam para o povo: crime, inflação, liberdade.
A lição que a esquerda tem tirado da derrota humilhante de Kamala Harris é que ela precisa dobrar a aposta na censura para impedir que algo assim ocorra no Brasil. Se o povo puder escolher livremente, ele acaba escolhendo a direita, e isso não é aceitável para os "democratas". Quem, então, representa uma ameaça real à democracia?
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