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O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, durante ato de campanha em Caracas.
O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, durante ato de campanha em Caracas.| Foto: EFE/Palácio de Miraflores

O ser humano precisa de esperança, sempre, pois a alternativa é mergulhar no niilismo, no desespero. Mas é preciso cautela pois, como alertou Baltasar Grácian, a esperança pode ser a grande falsária da verdade. O realista não fica apenas na torcida ou na espera; ele ajusta as velas de acordo com o vento. E talvez falte um pouco de realismo ao latino-americano...

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Confesso que chego a ficar comovido com o otimismo ingênuo de alguns que acharam que haveria… eleição na Venezuela! Derrotar o narcoestado dentro das quatro linhas? Essa crença infantil é tão contagiante por sua pureza boba que cheguei a questionar se estava eu sendo muito ranzinza e pessimista. Ainda bem que deixei registrada minha previsão realista no Programa 4por4 este domingo. Ao menos não banquei o bobo.

O Brasil lulista está oficialmente no "eixo do mal", ao lado de Cuba, Rússia, China, Irã e Nicarágua. Não por acaso, todos países comunistas. Mas nossos "liberais" ainda alimentam a esperança de que o PT resolva ser uma esquerda democrática moderada, sabe-se lá o motivo

Já virou rotina nas eleições latino-americanas uma vitória apertada, com 51% dos votos "computados" para o representante do Foro de SP. Talvez seja uma homenagem à bebida alcoólica que cachaceiros curtem, vai saber. O fato é que ninguém – absolutamente ninguém acredita que houve uma eleição de verdade na Venezuela de Maduro. Que a velha imprensa tenha dado manchetes de aparente normalidade no pleito só mostra como a mídia se vendeu para os comunistas.

Após o resultado decepcionante para os mais esperançosos, veio a nova esperança: a de que o governo Lula rejeitaria o resultado, como fizeram as democracias mais decentes. Doce ilusão, uma vez mais! O MST já estava a postos para parabenizar Maduro pela vitória, com mais dez organizações da esquerda radical brasileira. Alguém tinha mesmo dúvida do posicionamento lulista?

O Itamaraty logo soltou esta notinha vagabunda: "O governo brasileiro saúda o caráter pacífico da jornada eleitoral de ontem na Venezuela e acompanha com atenção o processo de apuração. Reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados. Aguarda, nesse contexto, a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral de dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito". Risos? Ou choro?

O Brasil lulista está oficialmente no "eixo do mal", ao lado de Cuba, Rússia, China, Irã e Nicarágua. Não por acaso, todos países comunistas. Mas nossos "liberais" ainda alimentam a esperança de que o PT resolva ser uma esquerda democrática moderada, sabe-se lá o motivo. Pedro Doria, do Globo, escreveu: "Vamos descobrir se o governo brasileiro tem coragem de se posicionar perante o regime Maduro que se fecha ainda mais". Oi? Leandro Ruschel colocou os pingos nos is:

Lula, fundador do Foro de São Paulo, defende todas as ditaduras latinas há décadas. O próprio Chávez reconheceu que jamais chegaria ao poder sem o apoio do Foro. Mais do que isso, em 2013 Lula participou ativamente da campanha de Maduro, com os marqueteiros petistas operando no país, bancados pelas propinas de construtoras brasileiras, segundo delação premiada deles. Depois de ser retirado da cadeia e alçado à presidência, o descondenado chamou Maduro no Palácio do Planalto para a primeira visita oficial. Na oportunidade, os dois comunistas trocaram novamente juras de amor. Mas o "liberal" ainda está em dúvida se o PT integra a esquerda democrática.

É por conta dessa elite tucana que o Brasil caminha para o abismo. Foi a turma que fez o L para "salvar a democracia", que passou quatro anos demonizando Bolsonaro e normalizando o petismo. O diplomata "liberal" Paulo Roberto Almeida foi outro que enveredou por essa linha patética: "O governo brasileiro, antes de se manifestar oficialmente sobre o resultado das eleições venezuelanas, poderia solicitar que o CNE divulgue todas as atas eleitorais, como faz o TSE no Brasil, as atas de todas as seções de votação". Caiu uma lágrima aqui...

Enquanto essa elite toda continuar fingindo ou acreditando mesmo que bate no petista um coração peludo bondoso e democrático, o comunismo seguirá avançando e o país sendo destruído. É um otimismo contagiante, comovente, mas extremamente perigoso, pois mascara a realidade sombria: o PT é o representante do Foro de SP no Brasil, e quer a mesma coisa que quer Maduro: o poder totalitário para nunca mais disputar eleição de verdade na Venezuela.

Conteúdo editado por:Jocelaine Santos
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