A sessão foi curta, mas disputada. Greta Thunberg, a adolescente sueca que se tornou a paladino do combate à mudança climática, falou ao lado de outros jovens a uma pequena ladeia em Davos, no encontro anual do Fórum Econômico Mundial nos Alpes Suíços, sobre a urgência de se conter e mitigar o aquecimento global.
Embora não fale ainda no palco principal, normalmente reservado a chefes de Estado e governo ou líderes globais que se tornaram referência pop em seus campos, Greta foi recebida neste ano como estrela do evento. No painel feito pelo Fórum para celebrar seus 50 anos, é Greta quem simboliza a edição de 2020.
A ativista falou ao lado de outros três jovens que têm se dedicado a chamar a atenção para problemas ambientais —a canadense Autumn, 13, Peltier, o porto-riquenho Salvador Gomes Colón e Natasha Mwansa, da Zâmbia—, e se recusou de desviar de sua mensagem central para o Fórum: de que é preciso parar de falar de aquecimento global com base em opiniões e se ater a fatos comprovados pela Ciência.
“Não sou eu que reclamo de não ser ouvida, estou sendo ouvida o tempo todo. Mas em geral a Ciência e a voz das pessoas mais jovens não estão no centro da conversa", disse ela ao ser instada pelo moderador a responder se o mundo estava ouvindo os mais jovens, como ela.
“Trata-se de nós e das futuras gerações, e, claro, como podemos ser afetados hoje, mas sobretudo se trata de trazer a ciência para o centro da conversa", disse. Ela não conclamou o mundo a reduzir a emissão de CO2 apenas; ela exigiu que todos parem imediatamente de produzi-lo!
Não é direita ou esquerda? Imagina se fosse! "Coincidentemente", a pauta da menina aponta na direção de um governo global, centralizador e autoritário, e anticapitalista ao extremo, na linha do estalinista Green New Deal de Alexandria Ocasio-Cortez, uma socialista infantiloide que servia bebidas num bar até "ontem".
A fedelha fala em nome da Ciência! Fui buscar no IPCC, mas não encontrei o nome dessa cientista Greta Thunberg. Procurei no Royal Society também, e nada. Fiz um search por artigos científicos dela, mas em vão. Alguém pode me dizer quem é essa cientista tão segura de si e arrogante, afinal?!
Fico na dúvida de qual frase é a mais patética: se devemos, em nome da Ciência, parar de produzir CO2, aceitar que a Terra é plana, ou finalmente reconhecer as maravilhas da alquimia, que transforma há séculos chumbo em ouro.
Tenho muita vergonha do que os arqueólogos do futuro vão encontrar da nossa época cavando mensagens digitais. Resolveram levar a pirralha Greta Thunberg a sério! Deixo aqui meu registro de que nunca caí nessa ladainha, na esperança de que alguém me separe desse joio doente...
Ao menos alguns adultos estavam no recinto. Paulo Guedes, representando o bom senso pelo Brasil, lembrou que "a pior inimiga do meio ambiente é a pobreza", essa ilustre desconhecida de Greta, que nasceu em berço de ouro na Suécia. Segundo o ministro, se não há oportunidades de geração de renda, as pessoas destroem o meio ambiente porque "têm fome". "É um problema complexo, não há solução fácil", afirmou o ministro na cidade suíça, para lamento dos utópicos infantis que querem "soluções mágicas".
Já Trump foi mais enfático ainda. "Temos que rechaçar os eternos catastrofistas e suas previsões de apocalipse", disse o presidente americano, acusando os "herdeiros das cartomantes tolas do passado" de estarem errados sobre as mudanças climáticas, como já estiveram, segundo ele, quando previram a superpopulação do planeta ou o fim do petróleo.
Guedes e Trump falam para adultos sérios; Greta virou símbolo de uma causa fanática para adolescentes crescidos. É uma vergonha que seja a imagem desse encontro em Davos. Sinal dos tempos!
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