Walter Duranty foi um jornalista que atuou como chefe do escritório de Moscou do New York Times por quatorze anos após a vitória bolchevique. Suas “reportagens” enalteciam o regime comunista, e ele chegou a ganhar um Prêmio Pulitzer em 1932. Mas seus textos eram uma fábrica de mentiras e deturpações, para colocar a ditadura soviética sob uma luz favorável.
Esse caso é um dos mais escandalosos, mas nem de perto o único. O NYT sempre teve forte viés de esquerda, apesar de se vender como imparcial. Não há nada de novo, portanto, na denúncia feita pela editora de opinião Bari Weiss, que pediu demissão do jornal expondo o ambiente asfixiante e persecutório mesmo para moderados de centro na redação do Times.
Weiss alegou sofrer forte bullying dos colegas por conta de suas opiniões. Ela era chamada de “racista” e “nazista” só por não rezar totalmente a cartilha do politicamente correto. Seus pares pressionavam o jornal para demiti-la, e faziam isso abertamente em redes sociais. Ela lamenta a covardia dos chefes, que em privado elogiavam sua coragem, mas nada fizeram contra os ataques.
Para Weiss, o Times perdeu de vista seus princípios, traiu seus padrões, virou as costas para o público, deixando-se levar pelas redes sociais. De que adianta o compromisso com a verdade se alguém pode prosperar lá dentro só demonizando Trump? Essa questão mostra como o viés ideológico tem falado mais alto do que a busca pelos fatos. E, como se viu, não é de hoje.
Não obstante, muitos ainda fingem que o NYT é um jornal muito sério e imparcial, negando-se a enxergar a realidade. Um dia depois da carta de Weiss, um vídeo do Youtuber Felipe Neto foi publicado na página do jornal, distorcendo os fatos para disseminar uma narrativa partidária contra Trump e Bolsonaro, responsabilizados pelas mortes por coronavírus.
Chamo de “patota do selo azul” essa turma, em referência ao selo de verificação do Twitter, que também possui claro viés ideológico. O problema dessa postura é que há a internet hoje. As mentiras e distorções não resistem ao ambiente de maior transparência. Por isso, aliás, querem censurar as redes sociais...
Artigo originalmente publicado pelo ZeroHora
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