Por Marcel Balassiano, publicado pelo Instituto Liberal
O PIB cresceu, em termos reais, 0,6% no terceiro trimestre de 2019, na comparação com o trimestre imediatamente anterior. Na comparação com o mesmo trimestre de 2018, o crescimento real foi de 1,2%, acima da mediana das expectativas de mercado (1,0%, segundo o boletim Focus), mostrando a recuperação (lenta e gradual) da economia no terceiro ano (2017, 2018 e 2019) após o fim da recessão. No Gráfico 1, há o nível do PIB, mostrando os trimestres recessivos (2T14-4T16), segundo o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (CODACE), de vermelho, e os trimestres de crescimento (desde o início de 2017), em azul.
O Gráfico 2 mostra as taxas reais de crescimento em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, tanto para o PIB quanto para o PIB per capita (1,2% e 0,4% de crescimento, respectivamente).
Neste trimestre, em comparação com o segundo trimestre de 2019, pelo lado da oferta, houve crescimento da agropecuária (1,3%), indústria (0,8%) e serviços (0,4%). Já pelo lado da demanda, os investimentos aumentaram 2,0% e o consumo das famílias, 0,8%. Já o consumo do governo recuou 0,4%, bem como as exportações (-2,8%). Por fim, as importações cresceram 2,9%, nessa mesma base de comparação.
Pelo Gráfico 1, percebe-se que o Brasil ainda não conseguiu voltar ao mesmo nível da atividade econômica anterior à recessão. O Gráfico 3 mostra as perdas acumuladas desde o primeiro trimestre de 2014, trimestre imediatamente anterior ao começo da recessão. Na recessão inteira (segundo trimestre de 2014 – quarto trimestre de 2016), a perda acumulada do PIB foi de 8,1%, número esse que foi diminuindo trimestre após trimestre. No terceiro trimestre de 2019, essa perda acumulada estava em 3,6%. Ao se olhar para o PIB per capita, a perda acumulada durante a recessão inteira foi superior aos 10%. Atualmente, o nível do PIB per capita ainda está quase 8% abaixo do que foi no início de 2014.
Para este ano, já quase no final, o crescimento do PIB não deve ficar muito distante de 1,0% mesmo, apesar de algumas revisões para cima após a divulgação, pelo IBGE, dos dados do terceiro trimestre. Porém, para 2020, as perspectivas são mais positivas, com um crescimento superior aos 2,0%. Essa melhoria da economia é fundamental para a redução do desemprego, variável macroeconômica mais sensível para a população de uma maneira geral. Quanto mais rápido o país voltar a crescer, mais empregos poderão ser gerados.
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