Por Roberto Rachewsky, publicado pelo Instituto Liberal
No seriado Mad Man, o dono da agência de propaganda foi questionado por um dos seus subordinados sobre o fato de ele possuir um quadro abstrato surrealista, sendo ele admirador de Ayn Rand.
O publicitário respondeu que ele havia comprado aquele quadro não porque gostasse da obra, mas porque ele via ali a oportunidade de ganhar dinheiro vendendo com lucro para os pós-modernistas que gostam de obras feias sem sentido.
É óbvio que o investimento feito naquele quadro só ocorreu porque o mercado de obras feias, surreais e sem sentido não apenas existia, como era lucrativo.
As empresas que contratam jornalistas de esquerda não o fazem, na maior parte das vezes, porque seus donos são de esquerda. Não. Eles contratam porque a oferta de jornalistas de esquerda é abundante e o público aceita a porcaria que escrevem, como os apreciadores de obras ruins pagam fortunas por elas.
A questão vista por esse ângulo é clara. É preciso interferir nos incentivos que fazem os capitalistas investirem em pessoas que gostariam de destruí-los, pelo menos em abstrato.
É preciso despertar nos consumidores de notícias e comentários o gosto pelo que é verdadeiro e certo, pelo individualismo, pelo capitalismo, ao contrário do que se tem visto com a aceitação do politicamente correto.
É preciso trabalhar duro para que o público rejeite em massa aquilo que temos visto sendo publicado predominantemente na mídia mainstream, ódio aos bons por serem bons e exaltação dos ruins por serem ruins.
É preciso que os anunciantes, apreciadores do capitalismo, sistema social que permite que eles possam existir de forma moral, direcionem suas verbas publicitárias patrocinando quem não defende bandido, seja o que assalta e mata nas ruas, seja o que usa a coerção estatal para impor suas pautas coletivistas estatistas.
Todo empresário muda de ideologia quando começa a faltar dinheiro no caixa.
É por isso que se deve defender a separação do governo da economia, a proibição constitucional de gastos estatais com propaganda de governo de qualquer tipo.
Empresas jornalísticas fundeadas pelo governo não diferem em nada dos partidos políticos que recebem dinheiro dos fundos partidário e eleitoral.
Esse canal de financiamento, baseado na coerção desde a origem, protege quem recebe o dinheiro de ter que se submeter à vontade do eleitor ou, no caso da mídia, do leitor e do anunciante.
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