O presidente da CNN Internacional, Jeff Zucker, o influente executivo que reformulou a icônica rede, anunciou na manhã de quarta-feira que renunciou ao cargo imediatamente. O anúncio veio menos de dois meses depois que ele demitiu o âncora do horário nobre Chris Cuomo por aconselhar indevidamente seu irmão, o então governador de Nova York Andrew Cuomo, sobre como lidar com alegações de má conduta sexual.
"Como parte da investigação sobre o mandato de Chris Cuomo na CNN, fui questionado sobre um relacionamento consensual com minha colega, alguém com quem trabalhei por mais de 20 anos", disse Zucker aos funcionários em um memorando. "Reconheci que o relacionamento evoluiu nos últimos anos. Fui obrigado a divulgá-lo quando começou, mas não o fiz. Eu estava errado. Como resultado, estou me demitindo hoje."
Zucker não deu o nome da colega, mas a relação é com Allison Gollust, executiva da emissora. Gollust permanece na CNN. O caso mostra, uma vez mais, o elevado grau de promiscuidade nesses veículos "progressistas". Por ironia do destino, o próprio Zucker concedeu uma entrevista esta semana, três dias antes de renunciar ao cargo, em que detonou o podcaster Joe Rogan, questionando como pode alguém confiar num sujeito isolado assim, enquanto a CNN tem uma enorme equipe de jornalismo.
Talvez se Zucker se olhasse no espelho saberia a resposta. A CNN se vende como uma emissora independente, objetiva, imparcial, que demoniza a Fox News por sua suposta inclinação republicana, mas a emissora fundada por Ted Turner é claramente democrata, "progressista", um canal de entretenimento que tem vários militantes fazendo campanha para a esquerda.
Durante dois anos a CNN recebeu Andrew Cuomo com frequência no horário nobre, justamente em "entrevistas" com seu irmão Chris. Tudo não passava de propaganda, de "tapinha nas costas". Andrew era tratado como o melhor gestor da pandemia, enquanto idosos morriam aos montes nos asilos de Nova York e o governador mascarava os dados. Gollust, a amante de Zucker, trabalhou com Andrew, e aparentemente era ela quem organizava tantas entrevistas.
Com a saída da forma que ocorreu, Chris Cuomo abriu uma investigação com potencial de processo contra a CNN, e foi nessa pesquisa que o caso de Zucker e Gollust vazou. Mas, pelo que se diz nos bastidores, o relacionamento era antigo e conhecido. Gollust se mudou com seu marido para o apartamento acima de Zucker. A promiscuidade dos casais, ou eventuais traições, deveriam ser um problema pessoal, claro. Ocorre que, como vemos, essa promiscuidade teve impacto direto nas decisões da emissora.
E eis o problema central: essa turma normalmente vive numa bolha, todos se conhecem, são amigos ou parentes ou amantes, e todos "progressistas". Essa redoma virou um antro de preconceito contra conservadores, e seus participantes às vezes nem percebem esse elitismo e o desprezo que exalam pelo povo. Há denúncias de assédio sexual e até pedofilia envolvendo os principais nomes da CNN. O péssimo exemplo vem de cima para baixo.
Há alguma "justiça poética" nisso tudo, porém. Chris Cuomo, o âncora "imparcial" que fazia o trabalho de assessoria de imprensa do seu irmão governador, foi demitido; o próprio governador foi afastado do cargo, também acusado de assédio; o presidente da CNN internacional renunciou; enquanto isso, o governador republicano da Flórida, Ron DeSantis, demonizado pela CNN, segue firme e forte no cargo, com potencial para disputar a presidência na próxima eleição.
E depois Zucker pergunta por que confiam em alguém como Joe Rogan e não na CNN, com seu exército de "jornalistas"...
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